quarta-feira, outubro 02, 2013

JORNAIS

ENTREVISTA:

TREINO DE GUARDA-REDES


Tirou mais um curso no estrangeiro 

Paulo Fortunato vai ser treinador profissional

Carlos Pires, Luís Castro e Paulo Fortunato

Paulo Fortunato treinador de guarda-redes, funções que desempenhou em diversos clubes da margem sul e outros da região de Lisboa onde se inclui o Belenenses e actualmente o Odivelas Sad, acaba de concluir mais um curso no estrangeiro.
Desta vez foi em Itália na Associazione Italiana Preparatori Portieri di Calcio, em Peschiera del Garda, Veneto, de 29 de Maio a 1 de Junho.
Por considerar que todas as acções de formação são sempre uma mais-valia, Paulo Fortunato diz que o objectivo passa por “obter uma máxima aprendizagem como treinador de guarda-redes, cursos que não existem em Portugal.
Através de um amigo e também colega de profissão, Carlos Pires (ex-Olympiacos) soube da existência de dois cursos, um em Itália e outro na Escócia.
E, optei por este”.
Paulo Fortunato mostra-se bastante satisfeito por ver o seu curriculum mais enriquecido com mais uma acção de formação tirada no estrangeiro porque “estes países estão muito mais à frente no desenvolvimento do treino.
A grande diferença de Itália e Espanha é que os treinadores partilham o treino que fazem nas suas equipas, e em Portugal parece a visibilidade de cada treino que não é partilhado com receio que fiquem a saber tanto como eles.
Se por cá também se partilhasse e debatesse o treino, todos ficariam em pé de igualdade.
Seria óptimo para todos”.
Quanto ao seu futuro, Paulo Fortunato que actualmente trabalha no Odivelas Sad com Luis Andrade, ex-jogador do Benfica e Sporting, onde acabam de conquistar o título de campeão distrital a uma jornada do fim do campeonato, diz que por enquanto só pode dizer que vai ser treinador profissional.
“É para isso que trabalho todos os dias, com o objectivo de conseguir chegar mais longe.
Em breve espero poder dar notícias mais concretas.
Já agora aproveito para deixar uma palavra de agradecimento ao Carlos Pires que para mim é um dos melhores treinadores portugueses de guarda-redes”. 


 APPORT GARDA 2013 CARLOS PIRES, LUIS CASTRO, PAULO FORTUNATO
BEIRA-MAR LEVA FESTA à MUTELA
SUBIDA DE DIVISAO 2008/2009
BEIRA-MAR DE ALMADA
 JOAO LUIS É O NOVO TREINADOR DO BEIRA MAR DE ALMADA
QUERO SER SEMPRE TREINADOR DE GUARDA-REDES
 HISTORIA DO DIA
 OS INVENCIVEIS DO RESTELO

ENTREVISTA: FUTEBOL DE PRAIA Paulo Fortunato na Selecção Nacional do Azerbaijan

No dia 12 de Janeiro parte para a Rússia


“É a concretização de um sonho e a compensação de ter


andado a estudar o treino de guarda-redes”

























Paulo Fortunato em entrevista ao nosso jornal, em Junho deste ano, havia dito que iria ser profissional de futebol e o sonho finalmente tornou-se realidade.
O ano de 2014 vai marcar um novo ciclo de vida na sua carreira desportiva porque irá fazer parte da equipa técnica de Zé Miguel (ex-seleccionador nacional de futebol de praia), na selecção do Azerbaijan.
O contrato está assinado, terá a duração de dois anos e no dia 12 de Janeiro já tem viagem marcada para St. Petersburgo (Rússia) onde se irá juntar à comitiva da selecção azeri que ali vai realizar um estágio de 10 dias com vista aos seus compromissos internacionais.
Natural da Costa de Caparica e actualmente com 35 anos, Paulo Fortunato representou como jogador [guarda-redes] os Belenenses, Clube Futebol Benfica, Terras da Costa, Pescadores Costa de Caparica, Trafaria, União de Algés, Charneca Caparica, Vale de Milhaços, Sporting Ferreirense e ainda o G. D. Estoril-Praia no futebol de praia. Como treinador de guarda-redes passou pelo Beira Mar de Almada, Trafaria, Os Belenenses (juniores), Almada AC e Odivelas Sad, onde se encontrava actualmente.
No seu curriculum conta também com a participação em alguns estágios (Olimpiakos) e congressos (Espanha) e possui cursos tirados no estrangeiro (Itália). 
Vamos então saber como é que surgiu a oportunidade de ingressar na selecção nacional de futebol de praia do Azerbaijão e como está a viver o momento que antecede a sua partida para terras tão longínquas.


“Quando atendi o telefone não queria acreditar”

Um dos seus objectivos era ser profissional de futebol. Finalmente surgiu a oportunidade. 
Como é que se sente neste momento e como é que surgiu o convite? Quando atendi o telefone não queria acreditar. Pensei que era uma brincadeira de amigos, tinha acabado de chegar de madrugada de um congresso internacional de futebol que se realizou na Corunha.
Fiquei muito feliz por se terem lembrado de mim. É a concretização de um sonho e ao mesmo tempo a compensação de ter andado nos dois últimos anos só a estudar o treino de guarda-redes. A sabedoria não ocupava espaço mas nos dias que correm estar dois anos sem trabalhar só para realizar um sonho. Mas quem trabalha sério e honestamente acredita e foi o que me aconteceu, graças à minha esposa e especialmente aos meus sogros porque os cursos no estrangeiro são muitos caros, mas agora aí está a recompensa. 


Trabalhar com uma pessoa que já foi seleccionador nacional de futebol de praia, será certamente motivo de satisfação para si?

Sem dúvida que vai ser uma grande satisfação poder trabalhar com um treinador com grande nome mundial na modalidade.
O aprender vai ser a palavra-chave. Esta vai ser a sua primeira experiência no futebol de praia como treinador de guarda-redes? É verdade, vai ser a primeira experiência como treinador de guarda-redes no futebol de praia, mas com ajuda do mister Zé Miguel não vai ser difícil porque foi simplesmente um dos melhores se não mesmo o melhor guarda-redes mundial de futebol de praia.

“Esforcei-me muito para conseguir o êxito”

Ir para um país como o Azerbaijão, não o assusta? Não me assusta. Ao longo de seis temporadas esforcei-me muito para conseguir o êxito. Fiz muitos sacrifícios, estudei línguas e aí está a minha salvação. Depois vou com um treinador português e tenho o apoio da família e hoje em dia com as modernices da informática tudo fica mais perto

É nesta variante do futebol que se espera especializar ou o seu objectivo passa pelo verdadeiro futebol?
Muito boa esta pergunta. Sempre que estudei, pensei no futebol de onze e no trabalho dos guarda-redes, dentro deste.
E agora vai ser na variante do futebol de praia que vou ter que me focar. Quem sabe o futuro (hoje em dia não podemos dizer que não a nada), temos é de aproveitar o momento, estudar e desfrutar, quanto ao futuro só Deus sabe.
ESTA É A CONCRETIZAÇAO DE UM VELHO SONHO


O TRISTE FIM PARA O HOMEM SEM LUVAS

Ficou para a história como o número 1 da etapa mais bem sucedida da história do futebol luso. Aposta pessoal de um seleccionador polémico, Ricardo Pereira foi sempre um guarda-redes capaz de despertar ódios e paixões. Três anos depois do inicio da sua aventura espanhola, o homem que parava penaltys sem luvas caiu no abismo do esquecimento. Já não há lugar para ele no mundo do futebol. A noticia surpreende poucos.
Quem seguiu a decepcionante campanha do Bétis da passada época, cedo percebeu que Ricardo estava destinado a não voltar a pisar o relvado do Benito Villamarin, ainda conhecido actualmente pelo nome do seu último e polémico presidente, Ruiz de Lopera.
O guardião português foi um dos investimentos mais caros da equipa andaluza há três temporadas, mas revelou-se igualmente um dos maiores fiascos do clube bético.
A porta da saída ficou aberta mas ninguém mostrou interesse em arriscar uma contratação repleta de riscos. Altos riscos.
Inevitavelmente, o mercado fechou e com ele o fim da aventura no Bétis de Ricardo Pereira.
Em 25 vagas livres, nenhuma sobrou para o guardião. O jogador está, actualmente, no limbo desportivo. De onde talvez nunca mais volte a sair. A polémica à volta de Ricardo em Sevilla ganhou contornos bem similares aqueles que marcaram a carreira do guarda-redes em Portugal.
A intermitência das suas exibições, oscilando entre o genial e o deprimente, rapidamente dividiu as bancadas verde e brancas de Sevilla. Até que a queda na Liga Adelante ditou a sentença final para Ricardo. Os adeptos nunca mais o perdoariam, os treinadores raramente voltariam a correr o risco de lhe entregar as redes do clube bético. Nem a última etapa com Luis Filipe Scolari ao mando salvou a sua reputação. Os seus erros frente à Alemanha nos Quartos de Final do Europeu de 2008 fecharam as poucas portas que ainda se podiam abrir para um homem habituado a desafiar o inevitável. Ricardo conheceu os seus primeiros dias de glória no histórico Boavista de Jaime Pacheco. Natural do Montijo (nasceu em Janeiro de 1976), o guardião começou a carreira no clube local antes de se transferir para o Boavista, onde surgiu como a terceira opção durante dois anos. O final da carreira do histórico Alfredo abriu-lhe a oportunidade de estrear-se, em Fevereiro de 1997, como titular dos axadrezados. 
Conservou o posto e tornou-se elemento chave da equipa boavisteira que disputou em 1998/99 o titulo ao FC Porto. Com Pedro Emanuel, Petit, Martelinho, Sanchez e Jorge Silva tornou-se o esteio da equipa que dois anos depois faria história ao sagrar-se, pela primeira vez, campeã nacional. Ricardo foi o guardião menos batido da época e a sua voz de comando na área tornou-o automaticamente num dos guarda-redes mais quotados da liga lusa. A chamada à selecção nacional surgiu em 2001, pela mão de António Oliveira. O seleccionador levou o guardião ao Mundial da Coreia do Sul e Japão como titular, mas um jogo inesquecível frente à China do até então lesionado Vitor Baía, fez o técnico mudar de ideias.  Baía seria o titular durante a campanha, Ricardo teria de esperar. O final da prova significou também o final da carreira do portista na equipa das Quinas. Agostinho Oliveira, primeiro, e logo Luis Filipe Scolari, recusaram-se a convocar o portista, que nos dois anos seguintes seria duplamente coroado pela UEFA como o melhor guardião europeu, e Ricardo assumiu o posto de titular. Iria mantê-lo durante seis anos, sem nunca chegar a convencer plenamente os criticos e adeptos. Dele fazem parte alguns dos momentos mais memoráveis da história do futebol luso, mas também algumas das noites mais desastradas. Já ao serviço do Sporting, para onde se transfere, não sem polémica, em 2003, o guarda-redes mostra a sua cara e cruz durante o Europeu de 2004. Ao máximo nivel contra Espanha e Rússia, Ricardo torna-se no herói do duelo frente à Inglaterra, travando dois penaltys britânicos - o último dos quais sem luvas, num gesto heróico - e apontando ele o penalty ganhador. Uma das suas especialidades que o tornaram numa celebridade europeia. Uma semana depois, no entanto, um erro de precipitação permitiria a Angelos Charisteas confirmar a surpresa, o titulo europeu grego, e lançaram nuvens sobre o futuro de Ricardo na selecção. Scolari manteve-se inflexível. Nem Baía, nem mais tarde Quim, conseguiram chegar ao posto de titular durante as campanhas do Mundial de 2006 (onde voltou a brilhar na marca das grandes penalidades frente aos ingleses, para depois ser o principal responsável da derrota com a Alemanha no último jogo) e no Euro 2008, onde voltou a mostrar o seu lado mais negro.
Por essa altura já Ricardo actuava na liga espanhola, onde a sua chegada tinha despertado muito interesse. O péssimo ano de estreia, aliado à despromoção do histórico Bétis e à sua má performance no Europeu de futebol foram o principio do fim. Carlos Queiroz, o novo seleccionador, riscou o guardião da lista (apostando primeiro em Quim e logo em Eduardo) apesar de o manter em várias pré-convocatórias. E em Sevilla os técnicos que se foram sucedendo deixaram de confiar no luso. Até à chegada de Pepe Mel, técnico recrutado ao Rayo Vallecano que tomou a imediata decisão de prescindir do homem que defendia penaltys sem luvas. Sem lugar em Sevilla, sem lugar em Portugal, sem lugar na Europa, aos 34 anos a carreira de Ricardo vive à beira do abismo. Poucos se recordam das suas memoráveis exibições durante as campanhas europeias do Boavista. O final da carreira daquele que foi, talvez, o mais polémico guarda-redes internacional português (chegou às 75 internacionalizações) pode estar perto do fim. Só o seu sangue-frio em momentos de alto risco nos permite duvidar. Haverá espaço para a ressurreição do anti-herói português?  

THE POWER OF ERROR destructive

Como é possível que um projecto tão sólido se desmorone como um castelo de cartas à primeira brisa? A persistência no erro é o primeiro passo para a derrota e os factos destroçam a mais simples das lógicas. Um pequeno ajuste transformou-se num imenso problema e no meio de tanta confusão, essa pequena alteração foi suficiente para transformar a galinha dos ovos de ouro num novo idolo de pés de barro. Depois de ser consagrado, de forma unânime, como o guarda-redes do ano, Quim viu o seu treinador dispensá-lo em directo, num programa desportivo.  A forma como Jorge Jesus se referiu ao seu ainda guardião deve perseguir agora o técnico da Amadora, noite após noite.
O pequeno Quim não tinha o carisma e atitude necessários para transformar-se num guardião que ganha jogos, pontos... titulos.
Já durante a época o técnico tinha promovido uma inusitada dança de guarda-redes, entre Julio César (e os seus erros europeus) e Moreira, o eterno subaproveitado. Mas nenhum o tinha convencido, realmente.
Nem o jovem contratado há vários anos ao Salgueiros, nem a sua expressa petição pessoal, nem muito menos o titularíssimo da Luz. 
Com Quim fora do baralho, as opções no mercado extendiam-se aos pés do recém-consagrado campeão nacional.  O feito histórico de devolver o Benfica ao primeiro lugar transformou o competente treinador na nova "galinha dos ovos de ouro" para os encarnados. As suas decisões tornaram-se inquestionáveis. Dessa forma, poucos foram os que realmente sairam a dar o peito às balas quando o técnico e o seu director desportivo, Rui Costa, anunciaram que o tal guarda-redes com carisma, atitude e capacidade para ganhar titulos era o relativamente desconhecido Roberto. Uma escolha (a terceira em Madrid) que custava o que nenhum guardião, com a excepção do imenso Gianluigi Buffon alguma vez custou. Um preço modesto para tanto talento que tinha, entretanto, passado desapercebido por essa Europa fora onde a posição do número 1 é sempre um caso sério a rever. Afinal, não tinha o Bayern Munchen chegado à final da Champions League com um tal de Hans Jorg-Butt nas redes?


Roberto foi sempre um erro de casting, já aqui o dissemos. Nem faz parte da geração de elite de porteros espanhóis, nem sequer é um nome consensual entre os seus.  A sua chegada, rodeada de pompa e circunstância, a uma equipa a quem muitos tinham otorgado o papel de dominador absoluto do futebol luso para os próximos anos.
O projecto milionário encarnado tinha, depois de quatro anos, dado os seus frutos e, nas palavras do seu treinador, a Champions League era um objectivo tão real como o "
Bicampeonato". Para isso, para essa ambição europeia, a mesma que destroçou o Benfica pós-Erikson e pós-1994, trocou-se o seguro pelo duvidoso. Um erro, sem dúvida.  Um erro crasso que os primeiros jogos do ano, a valer ou não, foram desmontando. A insegurança do espanhol é evidente, a sua incapacidade para comunicar-se com os colegas do sector notória. No entanto, os erros técnicos que evidenciou na pré-temporada e no jogo de sábado, na Madeira, são mais preocupantes do que qualquer problema de comunicação. Demonstram uma inépcia que atormentam alguns guardiões por essa Europa fora, como vimos o ano passado, repetidamente, com o polaco Lukas Fabianski.
A diferença é que nenhum deles foi um recorde de transferência nem uma aposta tão pessoal de dois homens que gostam de reforçar a sua eterna fome insaciável pela glória.
Numa equipa já de por si debilitada pelas transferências do pulmão e da alma criativa da versão-campeã, contar com um guarda-redes que só transmite intranquilidade é um risco que o Benfica não pode correr.
Roberto não é o único erro de Jorge Jesus na planificação da época em que esperava a sua consagração europeia.
Gaitán, um jogador sem espaço no modelo de jogo do ano passado e na variação táctica em 4-3-3 que Jara poderá obrigar a tornar-se realidade, é outro problema sem solução à vista. Tal como o débil sector defensivo, onde a primeira linha não tem soluções à altura (que dizer deSidnei ou César Peixoto) ou a fraca forma fisica e mental de jogadores que foram pilares no conjunto campeão, como o espanhol Javi Garcia ou a dupla argentina Saviola-Aimar.
A fome de titulos para alguns está aparentemente mais saciada que para outros e o crime de cair no laxismo desportivo sempre foi o hara-kiri do conjunto encarnado desde que o FC Porto lhe arrebatou em meados dos anos 80 a supremacia do futebol luso.
Jorge Jesus vive na eterna encruzilhada do medo. Medo a falhar, a demonstrar que também erra, ao optar por preterir Roberto e voltar a lançar as suas duas apostas falhadas em 2009/2010. Ou medo a continuar a insistir no erro inicial, arriscando-se a novos sobressaltos e tropeções na corrida aos titulos que ainda discute.
O erro tem um poder destructivo.
No caso deste SL Benfica, o poder de destroçar a ilusão de que uma equipa campeão não se torna na bitola por onde se mede a qualidade da noite para o dia. No meio disto tudo, o infortúnio de Quim parece uma gota no oceano de desespero do idolo de pés de barro.

UMA QUESTÃO DE GUARDA-REDES

É impressionante a forma voraz como funciona a Comunicação Social portuguesa a pedido, a súplica, a necessidade. Depois de um ano louvando, com motivos, a genial época de Quim, um desses eternos mal amados, ninguém se pareceu preocupar com a sua dispensa e subsequente substituição por um guardião espanhol que está a anos-luz da média altíssima que exibem os "porteros" espanhóis na actualidade. Se a fama actual do grande momento que vive o futebol espanhol se deve essencialmente ao génio dos seus "bajitos", é impensável negar o brutal aumento qualitativo que se está a verificar quando se analiza, detalhadamente, a evolução desportiva, fisica e psicoloógica do guarda-redes espanhol. O que há uns anos era uma dor de cabeça, agora é uma fonte inesgotável de talento. Uma evolução espantosa que não conhece clubes, regiões ou faixas etárias particulares. Do nada, ou como se fosse, foram brotando os pequenos grandes talentos que hoje garantem que a melhor escola de guardiões da actualidade é, sem dúvida alguma a espanhola. Um titulo que já pertenceu a alemães, italianos e soviéticos, hoje todos bastante distantes da sua era dourada. Imaginar que qualquer um dos três campeões do Mundo convocados por Vicente del Bosque seriam titulares em quase 90% das selecções presentes no Mundial é dizer pouco do alto nível de qualidade que se vive no país vizinho. Para isso é preciso ver quantos ficaram de fora dessa lista. Mais do que Iker Casillas, Pepe Reina e Victor Valdés, verdadeiros génios entre os postes, é preciso não esquecer os Diego Lopez, Gorka Iraizoz, Manuel Almunia, David De Gea, Andres Palop, Sérgio Asenjo, César e afins que ficaram de fora. São eles o verdadeiro espelho desta geração. E nesta lista de 10 nomes não há espaço para Roberto Jimenez, o homem por quem o Benfica achou conveniente pagar 8,5 milhões de euros, uma cifra de recorde quando falamos do número 1. Particularmente deste.

Roberto Jimenez é herdeiro de uma celebre escola de guardiões, a do Atlético de Madrid. À beira do Manzanares nunca houve espaço para si.
A presença do argentino Leo Franco, do francês Gregory Coupet e depois de Sérgio Asenjo, uma das grandes promessas do futebol espanhol, foram sempre impedimentos para conquistar a afficion colchonera. Incapaz de mostrar aí o seu valor, Roberto teve de viajar por essa Espanha fora à procura de minutos. Esteve na triste campanha de despromoção do Recreativo de Huelva, onde passou sem grande brio. No ano passado, superado pelo jovem David De Gea, de apenas 19 anos, foi forçado a rumar emprestado ao Zaragoza, para disputar a segunda volta.  Ajudou a equipa a manter a categoria, sofreu 17 golos em 15 jogos e não deixou particulares saudades.
Nem aí, nem em nenhum lado. Este ano não tinha clube, nem destino.  Até que apareceu Jorge Jesus, preparado para ordenar outro profeta.
Depois de um ano onde manteve na baliza um constante foco de instabilidade, sempre mostrando pouca confiança no trabalho de Quim, o técnico encarnado conseguiu um dos seus principais objectivos. Garantiu a dispensa do internacional e mandou vir do país vizinho um guardião com pouca aura e algum potencial. Depois de ter contratado Julio César ao Belenenses, de manter Moreira e de andar pelo mercado juvenil a contratar um jovem guardião esloveno (Jan Oblak), o espanhol torna-se no terceiro "portero" que o técnico encarnado decide levar para a Luz. Num posto onde, precisamente, o que se procura é longevidade. E segurança. Essa segurança que Robertonunca deu no seu passado. Essa mesma (in)segurança que não tem dado no presente.
Mais do que os golos sofridos, e a forma como foram concedidos, é o olhar inseguro que delata Roberto. Não tem a frieza dos dez nomes acima citados, muitos deles com um valor de mercado infinitamente menor do que o Benfica decidiu pagar pelo guardião. E no entanto está aí, camisola com águia ao peito, preparado para suster os ataques rivais.
E se a liga portuguesa não é propriamente uma prova muito rematadora, particularmente com o sem número de equipas que gosta de rematar como quem controla as balas na camara da pistola, já o espectro europeu, onde este Benfica quer e deve fazer boa figura, o cenário muda claramente. E Roberto não parece ser, claramente, o homem certo para o trabalho.
Se a direcção e o técnico encarnado se mostraram hábeis no último defeso, com contratações cirúrgicas e acertadas, também é verdade que os erros de Jesus e companhia começam a subir de forma alarmante. Do lateral Patric que caiu rapidamente no desconhecimento, ao ineficaz Shaffer, sem esquecer Felipe Menezes, Kardec ou o próprio Júlio César, preterido uma vez mais, é fácil ver que a taxa de acertos e de falhos anda bastante mais equilibrada do que a tal Comunicação Social, cuja única missão é vender, custe o que custar, mais um jornal, nos quer fazer crer. Roberto até pode adaptar-se ao esquema encarnado, realizar uma época de sonho e ser vendido pelos muitos milhões que ninguém viu mas que muitos alardearam. Mas na era de ouro do desporto espanhol, no periodo mágico da vida dos "porteros", o seu nome não aparece por nenhum lado. 
Por algo será.

terça-feira, setembro 24, 2013

GOLEIRO


1 - Plano de Interrupção


Parada tiro é a tarefa óbvia para cada goleiro . Você deve desenvolver a capacidade de pegar bolas que vêm em você , e fazer mergulhos para ambos os lados. Certifique-se de sua mão alcança o poste da baliza depois de cada mergulho para ambos os lados. Prática de mergulho salva em uma base regular, pedindo um companheiro de equipe para atirar 50 bolas para você em ambos os lados .


2 - Distribuição


A distribuição é um elemento crucial para um goleiro . Um guarda-redes não está confiante ou qualificados na distribuição pode ser um enorme problema para a equipe. Não só a sua luta da equipe para manter a posse você vai criar turnovers que o prêmio oposição posse equipe em áreas perigosas do campo . Boa distribuição pode manter a posse para o seu time e desviou a bola do seu terceiro defensiva. Distribuição rápida e precisa de um goleiro pode iniciar contra-ataques para sua equipe.


3 - Ler o Jogo


Ciente do jogo como ele se desenvolve é uma habilidade vital para cada goleiro . Olhe para os seus defesas-centrais e assegurar tanto para a frente são cobertas. Verifique os seus zagueiros estão cobrindo e lateral objetivo de atacantes , antes de verificar os corredores não monitoradas do meio-campo . Confira esses fatores que a bola cruza a linha de meio campo , é tarde demais para fazer ajustes, se você começar a olhar enquanto a bola está no campo de tiro . Mesmo quando o seu time está na posse , verificar o posicionamento e se preparar para os ajustes que devem ser feitos depois de um volume de negócios.


4 - Comunicação


Se você notar atacantes descoberto cedo e comunicar claramente a seus defensores , a fim de fazer os ajustes corretos como uma equipe. Não grite " cover " genericamente , você está falando com ninguém e ninguém vai reagir. Identificar o defensor , que deve se ajustar e resolvê-los pelo nome antes de dar instrução .


goleiro


5 - Lidar com cruzes


Se eles são a partir de peças de jogo ou set abertos , você deve desenvolver a capacidade de lidar com as bolas cruzadas na área. Seja decisivo e chegou a pegar a bola ou permanecer na linha para salvar um tiro, comunicar a sua decisão claramente a sua defesa. Sabendo de suas intenções irá promover clareza e confiança em sua linha de volta.


6 - Reconhecer a Breakaway


Há momentos , como um guarda-redes quando a linha de volta será simplesmente batido e você se encontra diante de uma situação v 1 1 . Você deve reconhecer estas situações e sair de sua linha para pressionar o atacante. Pressionar o atacante vai diminuir o ângulo disponível para atirar, e também poderia forçá-los a um início e correu baleado.


7 - Fique Big


Isso é importante quando enfrenta tiros, e em 1 v 1 situações. Guarda-redes que vão para a terra ou mergulhar muito cedo permitir que um composto para a frente a oportunidade fácil de levantar uma bola sobre eles e para o gol. Leia a linguagem corporal de um para a frente e ficar de pé espalhando braços para criar uma barreira formidável .


8 - Exposição Resistência Mental


Resistência mental é uma exigência citada para os goleiros , mas o que é isso?
Simplificando, a resistência mental é a capacidade de se concentrar em sua tarefa e realizar ao máximo por 90 minutos. Você deve esquecer os erros e mostrar calma quando a sua equipa está sob pressão. Comunique-se com seus companheiros de equipe em um tom confiante e não criticar . Se você mostrar sinais de frustração e pânico, você pode garantir que vai se espalhar por todo o seu time .

9 - Início Counter Attack


Goleiros têm a capacidade de começar a contra-ataques perigosos que podem ameaçar a oposição. A equipe de oposição nunca será maior se o campo do que quando você tem a bola . Se um goleiro pode distribuir com rapidez e precisão , em seguida, sua equipe vai encontrar muitas vezes matchups favoráveis ​​ainda mais o campo .


10 - Não critique


A capacidade de ficar composto é uma habilidade fundamental para um goleiro . Muitos goleiros desenvolver o hábito de criticar os defensores após um gol é concedido . Se você fizer isso é um hábito negativo , você deve cessar imediatamente . A crítica não pode apenas diminuir a sua própria ética de trabalho , fazendo com que você acha que não são culpados e não tem necessidade de melhorar. A crítica também pode criar divisões entre você e seus companheiros de equipe.

TOMADA DE DECISAO COMO RESULTADO DA EXPERIENCIA




A tomada de decisão é já tida por todos como uma das capacidades mais importantes no sucesso desportivo mas ainda pouco se sabe sobre o seu treino.
É muito comum as pessoas tentarem desmontar o futebol para inventar 'grandes' exercícios para uma determinada capacidade, acabando por treinar uma qualquer outra coisa após descontextualizar por completo as ações daquilo que é o jogo.
Regra geral, os jogadores mais experientes (não confundir experiência com idade) tomam melhores decisões que os menos experientes e isto acontece porque os jogadores mais experientes viveram mais situações competitivas e como tal, para estes jogadores a imprevisibilidade inerente ao jogo é menor. Falando especificamente dos guarda-redes, numa situação de remate a curta distância, é importante que o guarda-redes antes mesmo do atacante rematar a bola, comece a recolher dados relativamente à posição corporal e contexto envolvente (colegas e adversários em redor da bola) para começar a antecipar a trajetória da bola. Quanto melhor ele fizer esta análise, mais eficaz será a sua ação perante a ameaça do atacante. O problema maior é que esta análise é feita inconscientemente, porque a ação do atacante demora menos de 1 segundo e o guarda-redes não tem tempo de avaliar todas as variáveis.

E como é que o nosso cérebro consegue avaliar todas estas variáveis num espaço de tempo tão curto? É aí que entra a experiência.
Numa determinada ação (por exemplo na que está na imagem), o cérebro recorre a experiências passadas semelhantes àquela, para determinar o resultado nessas situações passadas, antecipando a atual.
Se o guarda-redes nunca teve uma situação de jogo ou treino em que aquilo lhe tivesse acontecido, não terá grandes pistas sobre o resultado da ação do atacante e poderá não tomar uma decisão tão atempada para defender a bola.


Por esta altura começa a tornar-se óbvio a resposta à pergunta:
como se treina a tomada de decisão? Criando várias situações de jogo de forma a dar um maior repertório de experiências ao guarda-redes. Se queremos treinar a defesa de remates, talvez os remates devam ser feitos em progressão ou após um passe e receção, que são as situações mais comuns em jogo. Muitos têm o hábito de rematar um conjunto de bolas paradas à entrada da área, com o guarda-redes a saber inclusive para onde vai a bola mas eu pergunto, quantas vezes é que um adversário tem a oportunidade de rematar uma bola que está parada à entrada da área numa zona central à baliza, dizendo-lhe inclusive para onde a bola irá?
Não digo que fazer isto esteja errado, simplesmente não me parece um exercício rico em termos de tomada de decisão.

Equipa Técnica - Treinador de Guarda-Redes





A importância de um treinador de guarda-redes nos diferentes treinos de todos os escalões de formação (e naturalmente do escalão senior) é de extrema importância, ou pondo as coisas de outra forma, a não inclusão de um treinador de guarda-redes numa equipa técnica é um enorme desperdício no que diz respeito ao potencial de evolução do guarda-redes.
A periodização do treino de guarda-redes não é fácil, uma vez que está sempre dependente do trabalho do restante plantel mas havendo sempre mais de dois guarda-redes numa equipa, existe sempre tempo para trabalhar os mais variados aspetos e desta forma podemos optimizar o tempo útil de prática. 
Após alguns anos a trabalhar quase exclusivamente a meio campo com um plantel (de infantis a seniores) posso dizer com segurança que é relativamente fácil, desde que haja alguma criatividade, trabalhar os guarda-redes tanto especificamente como de forma integrada. O que acontece na maior parte das vezes é o trabalho específico do guarda-redes ficar limitado ao tempo de aquecimento dos outros jogadores.
O problema é que os guarda-redes antes do seu treino específico, também precisam de aquecer o que faz com que o tempo muitas vezes seja reduzido a zero
(partindo do princípio que estes não podem começar o treino antes porque uma qualquer equipa está a ocupar o campo).
Claro que o aquecimento pode incluir exercícios específicos da posição de guarda-redes, mas é irresponsável exigir intensidades altas antes do corpo se adaptar fisiologicamente ao esforço.
A solução é treinar um guarda-redes alternadamente em qualquer espaço numa linha lateral ou linha de fundo, respeitando sempre o treino que acontece no restante campo. 
Desde trabalho pliométrico, segurança nas pegas, quedas laterais, etc… quase tudo pode ser trabalhado. Claro que o ideal seja a planificação ser feita em conjunto com o treinador principal, uma vez que por vezes o exercício de conjunto pode beneficiar também os guarda-redes, como por exemplo o trabalho de reposição de bola num exercício de transição ofensiva. Esta solução não é a ideal e exige um grande trabalho de preparação do treino. Estamos a falar de controlar o tempo e espaço do exercício de um guarda-redes para que todos façam a tarefa e ao mesmo tempo, que todos participem nos exercícios integrados. No entanto, isto desfaz o mito que um treinador de guarda-redes só serve para entreter os mesmos até que sejam precisos para os exercícios de finalização. Um treinador de guarda-redes deve ser muito mais que isso.

CRUZAMENTOS - 2 ASPETOS TATICOS




Existem vários aspetos a ter em conta na defesa de cruzamentos por parte dos guarda-redes (já falámos de alguns anteriormente) sendo que falamos agora de duas situações / tomadas de decisão de carácter tático que devem ser trabalhadas desde cedo nos guarda-redes.

Vamos abordar duas regras de ouro respeitantes ao posicionamento do guarda-redes em função da posição do adversário com bola:

- Proximidade da baliza: quanto mais perto o adversário está da baliza, mais perto o guarda-redes deve estar o primeiro poste de forma a anular a ameaça de remate à baliza.
Se o adversário estiver mais próximo da linha lateral, o guarda-redes deve estar sensivelmente a 2/3 da baliza, mais próximo do segundo poste, para desta forma poder atacar a bola de frente seja qual for a sua trajetória, controlando melhor a situação.

- Proximidade da linha de fundo: quanto mais próximo o adversário está da linha de fundo, mais longe o guarda-redes deverá estar da linha de golo. Desta forma, tem mais hipóteses de anular um cruzamento numa zona mais avançada, tendo um maior controlo da ação defensiva na grande área. Exceção feita a um cruzamento com o pé direito no corredor lateral esquerdo e vice-versa. Se um jogador canhoto cruzar do lado esquerdo do ataque junto à linha de fundo, é muito difícil a bola ir para a baliza em condições de ser golo, sendo que a tendência do atacante é cruzar para a entrada da pequena área. Em contrapartida, se o cruzamento for feito longe da linha de fundo, é importante que o guarda-redes esteja perto da linha de golo para evitar que um cruzamento mais largo entre diretamente na baliza.

A INFLUENCIA DO GUARDA-REDES



Nos dias de hoje o guarda-redes já não serve  para defender bolas, com as alterações nas leis de jogo, com a aposta dos clubes em treinadores de guarda-redes que melhoraram a sua qualidade de treino os guarda-redes são hoje os primeiros avançados da sua equipa.
O guarda-redes é hoje quase um jogador de campo, muito mais participativo no jogo, é o ultimo no aspecto defensivo mas está também presente em todas as fases do jogo, sejam defensivas ou ofensivas, um lançamento rápido de contra-ataque pode dar a vitoria a sua equipa.
Por vezes não se dá atenção as suas acçoes mas eles podem colocar algumas acções tácticas ofensivas como um ataque elaborado, como por exemplo a saída de um canto em que o GR bloca a bola e executa a saída de bola mediante o aspecto táctico treinado durante a semana, outra das suas acções é o contra-ataque, quantas vezes um pontapé longo e preciso executado com rapidez não apanha a equipa adversária desprevenida, outras das suas acções pode ser as temporizações, como o GR está muitas vezes com a bola e dependendo da situação de jogo, por ex. se está a vencer , pode realizar contemporizações ofensivas, aguentando o máximo possível a bola ganhando assim preciosos segundos ou então esperar que a sua equipa se posicione adequadamente no terreno de jogo.
Um guarda-redes tem que ter características que considero essenciais, uma grande capacidade de liderança para corrigir e posicionar os seus colegas durante o jogo, uma boapresença física para se impor na área, na actualidade ter um bom jogo de pés, ser inteligente para as tomadas de decisão correctas e ter uma visão de jogo muito boa que lhe permita ajudar a sua equipa tanto nos aspectos ofensivos como defensivos.

quinta-feira, setembro 12, 2013

RECUPERAÇAO




Muitas das acções dos guarda-redes são isoladas, são poucas as vezes que estes têm de intervir sobre a bola mais que uma vez num curto espaço de tempo mas quando chega esse momento, o guarda-redes tem de responder da melhor forma possível e isso requer uma rápida recuperação para a posição mais favorável para fazer a segunda defesa.
Como todos os aspectos técnicos do guarda-redes, a recuperação tem de ser trabalhada nos treinos mas não só em termos técnicos mas também em termos de atitude. O guarda-redes tem de apresentar uma postura assertiva nestes momentos e deve estar sempre mentalmente preparado para defender mais que uma bola quando não conseguir segurá-la à primeira. Um erro cometido por muitos guarda-redes, principalmente a nível amador e nas camadas jovens, é que ao defender uma bola, ficam ‘agarrados’ a essa defesa, ou seja, desligam-se do jogo porque pensam que a baliza está fora de perigo ou até mesmo porque ficam deslumbrados com a defesa que acabaram de fazer. 

Por tudo isto, é muito importante incutir uma mentalidade combativa aos guarda-redes desde muito cedo, a ideia de que a baliza só está fora de perigo quando a bola estiver nas suas mãos. Em termos técnicos, existem várias formas de um guarda-redes se levantar rapidamente depois de uma defesa. Na nossa opinião, o guarda-redes tem de ter em mente dois aspectos fundamentais. 
Primeiro, virar-se para a bola o mais depressa possível, todo o movimento deve ser feito com o objectivo de colocar o corpo direccionado para a bola o mais depressa possível. O segundo aspecto prende-se com as mãos, estas devem estar sempre disponíveis para defender uma segunda bola e como tal, o guarda-redes não deve usar as mãos para se levantarem pois se o fizerem, estas ficam momentaneamente indisponíveis para parar a bola caso esta se dirija na sua direcção. 
Esta técnica requer muita agilidade e força ao nível do tronco e membros inferiores sendo que é um aspecto que deve ser tido em conta no planeamento do microciclo tipo. É difícil fazer com que um guarda-redes se levante desta forma pelo que se deve exigir que este se levante dessa forma em todas as situações para que assim o movimento se torne natural e desta forma, estamos também a trabalhar a força específica deste movimento sem ter de recorrer a trabalho de força analítico.

CARACTERISTICAS DE TREINADORES DE ALTO DESEMPENHO

Relações técnico atleta devem ser especiais no alto rendimento


Hoje encontrei um artigo que fala sobre os critérios comportamentais na avaliação de futebolistas. Achei interessante, pelo meio da revisão de literatura dei de caras com isto. Ve-se que jogadores que participam, prematura ou tardiamente, no esporte tornam-se dependentes e focalizados em obter a vitória e melhorar o desempenho. 

As principais características dos treinadores de alto desempenho são:

-acreditar nos seus jogadores;


-desenvolver relações baseadas no respeito e na confiança;


-estimular o pensamento crítico;


-oferecer oportunidades para a diversão e para a criatividade;


-manter canais de comunicação efetivos e permitir um ambiente adequado para a tomada

de decisões e solução de problemas próprios da competição. Cada uma destas características determina e contribui para o desenvolvimento de jogadores experientes. Experiências positivas no esporte, criadas ou planejadas pelo treinador, aumenta a autoconfiança e motivação no jogador, contribuindo para o desenvolvimento (físico, emocional e intelectual) adequado dos mesmos. Finalmente, é oportuno dizer que o treinador de alto desempenho não só prepara o jogador para a competição, como também, o prepara para a vida (Samulski, 2006)." ( Camara 2009 )

Será que é possível combinar aquelas características com uma metodologia convêncional? Que se baseia em conceitos como Pré época onde se constroi os alicerces fisicos para a epoca toda, e recarregar de baterias nos periodos de pausa, picos de forma Cargas, volumes de treino, corridas na praia, subir e descer bancadas e coisas que tais ? Segundo Miguel Crespo (2005), actualmente os treinadores têm de ter conhecimento em diversas áreas do treino:

- Conhecimento do jogo

- Saber jogar a determinado nível
- Prevenção de Lesões
- Gestão de risco
- Desenvolvimento, aprendizagem e crescimento humano
- Treino, preparação física e nutrição
- Aspectos sociais e psicológicos do treino e da competição
- Técnica, táctica e estratégia
- Administração e Gestão
- Preparação pessoal e promoção (Marketing, relações públicas, etc.)

Dependendo do(s) atleta(s) que está a treinar e do nível de jogo em que está envolvido, assim pode ser mais importante um ou outro aspecto. O treinador tem de estar tão comprometido como o jogador num projecto para que haja resultados. Os dois têm perfis diferentes, como foi referido por Carl-Axel e Stefan Edberg em Outubro na Suécia, mas têm de estar comprometidos num projecto comum.


- Treinador – trabalho árduo, viagens, liderança, experiência, capacidades técnicas e conhecimento

- Jogador – 110% comprometido, treinar com intensidade, capacidade para aprender (ouvir e tentar aplicar)

Tanto Javier Duarte no simpósio espanhol realizado no final de 2006, como o Frank Slezak (director técnico da República Checa e treinador ITF) no simpósio Europeu realizado em Outubro do mesmo ano, referiram que acreditam mais em projectos individuais apoiados em estruturas de competição, do que apenas nas estruturas em si. Referiram inúmeros exemplos de sucesso no circuito que são baseados neste tipo de estrutura móvel, aproveitando o que de melhor se faz em cada ponto do mundo, quando se enquadra adequadamente na evolução do atleta. Isto torna-se mais relevante quando falamos de ténis feminino, no entanto, é vital em ambos os géneros.
Olhemos para os exemplos de top internacional e verificamos que há quase sempre alguém bastante perto do jogador que orientou o processo de perto, com uma relação pessoal e profissional forte com o atleta, em todos os períodos do seu desenvolvimento até atingir uma base de sucesso internacional – Ferrero, Kuerten, Sampras, Federer, Henin, Sharapova, Williams, Mauresmo, Nadal, etc… Quando um treinador decide entrar num projecto individual mais ambicioso, temos de estar preparados para viajar tanto como o atleta, passar o mesmo número de horas que o atleta no campo, mais muitas outras horas em planificação. Temos de nos manter actualizados do que melhor se faz a nível internacional, e de quais os diversos caminhos para o sucesso, e acima de tudo, acreditar nas capacidades do/a atleta em questão.  Um dos factores referidos pelos atletas de top como sendo determinante para o sucesso que conseguiram atingir, e que lhes ajudou bastante a atingir o topo foi o facto do treinador deles na altura acreditar que eles poderiam conseguir... Uma das preocupações da ITF expressa na Turquia, é o facto de haver cada vez menos treinadores a nível mundial a quererem desempenhar um papel de entrega necessário ao sucesso do atleta, o que tem como consequência uma natural diminuição do número de atletas.


Mas serão apenas estas as qualidades necessárias para se conseguir o sucesso na área do treino?

Segundo os autores do livro referido de início, está provado já na área da Gestão que um bom executante não é necessáriamente um bom gestor...e um treinador é cada vez mais um gestor...

Naturalmente que a prática a um bom nível é necessária para entender o jogo e ganhar credibilidade, principalmente junto dos respectivos atletas, no entanto, os autores identificam várias outras capacidades que são vitais quando falamos de treino ou gestão de alto rendimento.

São elas:

Integridade – Está directamente relacionada com os valores do respectivo treinador, ou seja, do que lhe foi transmitido durante a sua educação. É vital que o treinador seja alguém que siga determinadas regras de conduta, em todos os escalões, e principalmente quando falamos de escalões mais novos, em que a personalidade dos respectivos atletas ainda está em fase de formação;


Paixão – Este é na perspectiva dos autores (e na minha) o motor de tudo. Uma das razões pelas quais os ex-atletas têm mais sucesso no treino, está relacionado com esta caracterísitca que os atletas conseguem sentir... à distância! Alguém que faz aquilo que gosta, vai conseguir fazê-lo de uma forma mais interessada e com mais vontade, o que se irá reflectir em quase todos os outros aspectos;


Capacidade para relaxar – Apesar da paixão, é necessário que o treinador aprenda a relaxar e a desligar de vez em quando. Devido ao facto de ser uma actividade de alto stress, é necessário manter as relações com os outros o mais eficazes possível, e para isso, a paixão sem capacidade para descontrair de vez em quando pode provocar algumas situações de conflito improdutivas;


Capacidades de análise – É fundamental que o treinador consiga perceber quais os factores mais importantes no rendimento de um determinado atleta, antes, durante e depois do período em campo. Esta análise está directamente relacionada com o conhecimento do respectivo treinador, bem como com a percepção;


Sede de conhecimento – O desporto de alta-competição a nível internacional tem cada vez mais dinheiro envolvido, e consequentemente mais desenvolvimento em todas as áreas. O ténis é uma área multidisciplinar (tal como quis dar a ideia no meu livro), e precisa que estejamos em constante actualização. Quem não se actualizar ficará para trás;


Atenção aos pormenores –

Ser rigoroso na aplicação dos factores importantes de evolução e de treino. É nos pormenores que haverá as grandes diferenças naqueles que atingirem níveis mais elevados de performance

Capacidade de pôr as coisas em prática –

Por mais conhecimento que se tenha, se não conseguirmos aplicar os respectivos conhecimentos, estes não nos servem de nada;

Sede insaciável por feitos e resultados – Um treinador, tal como o jogador, tem de ser uma pessoa ambiciosa. 

Tem de saber ficar contente com os feitos que vai atingindo, mas ser capaz de querer cada vez mais.
Chamamos a isto de Perfeccionismo positivo;


Autoconfiança – No jogador é necessário auto-confiança na aplicação das diversas situações trabalhadas. No caso do treinador, tem de ter confiança no conhecimento e aplicação dos factores vitais ao desenvolvimento do atleta;


Entusiasmo – Os atletas cheiram à distância. É só pensar numa aula/reunião/treino com alguém com uma voz monocórdica e apagado, ou uma aula/reunião/treino com alguém que tenha tamanha energia que consiga transmiti-la aos restantes de modo a motivá-los ainda mais para a execução das tarefas que propõe...


Percepção das pessoas – É preciso ser-se bom em relações pessoais de modo a percebermo-nos dos estados de espírito dos atletas/pessoas que estamos a orientar, e podermos assim adequar a nossa estratégia de acordo com isso de modo a obter o máximo de rendimento;


Inflexibilidade – O treinador tem de criar regras de funcionamento e ser-lhes fiel de modo a que tudo o resto funcione;


Presença – É uma das mais difícies de explicar, mas é comum a quase todos os melhores treinadores. Os melhores treinadores são capazes, pela sua presença, de exigir e obter dos atletas os maiores níveis de qualidade no trabalho.


Fonte: Postado em www.mesquitaonline.com.br 

quinta-feira, setembro 05, 2013

TREINO DA TECNICA DE GUARDA-REDES (GOLEIRO)

Winged GK, fez a ponte aérea e traz, com exclusividade, um artigo do preparador de goleiros (Guarda redes) Luis figueiredo sobre o treino físico, técnico do goleiro, muito bom aconselho a todos a lerem e deixarem seus comentários: Nunca como hoje se falou tanto sobre o treino de futebol, o treinador de futebol e, muito pouco sobre o treino da técnica de guarda-redes. Para colmatar essa lacuna, a escola de guarda-redesNúmero Um” decidiu fazer este artigo que irá contribuir para a discussão e mediatização da metodologia de treino nesta posição específica. O treino da técnica de guarda-redes deve ser um treino que visa abordar todos os parâmetros necessários para que o seu protagonista, saiba atuar automaticamente, num dado momento, em situação de jogo. O treino de guarda-redes deve ser dividido de acordo com dois aspectos: As qualidades físicas dos guarda-redes e as qualidades técnicas dos guarda-redes. No treino dentro das qualidades físicas devem ser abordados os seguintes conteúdos:
- Capacidade de salto/impulsão – capacidade de um guarda-redes saltar a uma altura elevada tendo em conta a sua estatura.
- Força de Impulsão – estímulo provocado para alterar o estado de repouso ou movimento.
Capacidade do músculo em produzir tensão, ou seja, contração muscular. Quanto maior a força de impulsão maior a capacidade de salto/Impulso.
- Rápida Reação – A velocidade de reação tem o seu desenvolvimento facilitado pela coordenação do movimento através do rápido processamento da informação.
- Flexibilidade/Mobilidade Articular – Capacidade motora que permitirá ao guarda-redes uma maior amplitude possível de um movimento articular.
- Agilidade – Capacidade de mudar de posição ou de direção dentro do menor tempo possível.
- Coordenação Motora – é muito importante para a melhoria do gesto técnico e também para melhorar o trabalho na velocidade de reação. Os exercícios devem sempre obrigar o guarda-redes ao raciocínio para a execução do movimento.
- Equilíbrio – Capacidade Física que permite ao guarda-redes manter a posição vertical após ter realizado um gesto ou movimento.
- Equilíbrio Estático – Habilidade do corpo em se manter numa posição estável.
- Equilíbrio Dinâmico – Habilidade do guarda-redes em manter o equilíbrio quando em movimento de um ponto a outro.
Em relação à qualidade técnica do guarda-redes pode-se dividir o treino em dois conteúdos: Técnica de Defesa e Técnica de Ataque. No treino da Técnica de Defesa deve-se utilizar exercícios específicos para esta posição. Estes exercícios têm como objectivo habituar o guarda-redes a todo o espaço do seu local de atuação, isto é, a área de baliza. Todo o trabalho realizado na área de atuação permite melhorar a sua noção de espaço, que é fundamental para o guarda-redes. Quanto melhor for a sua noção de espaço, melhor será o seu posicionamento e, consequentemente, facilitará as suas ações dentro do jogo. 

Assim, no treino deve-se abordar os seguintes gestos técnicos:
Recepção de bola, saídas de punho, mergulho/queda, saídas e desvios. No que diz respeito à Técnica de Ataque, deve-se realizar um treino com base em exercícios que visem o melhoramento da precisão nas reposições de bola.
Na atualidade o guarda-redes desempenha um papel de extrema importância no início das ações ofensivas da sua equipa, sendo o primeiro a inicia-las com uma responsabilidade acrescida, pois em caso de falha compromete seriamente a sua defesa. 
Neste treino deve-se abordar os seguintes gestos técnicos: reposição da bola com a mão e reposição da bola com o pé. Como em todas as posições, o guarda-redes deve ter algumas características para que o seu desempenho seja o melhor. Analisando todos os aspectos que o treinador de guarda-redes deve abordar no treino, é necessário criar um modelo padrão de guarda-redes. No nosso modelo padrão, o guarda-redes deve possuir alguns pré-requisitos e algumas características importantes, dentro das quais: jogo de pés, comunicação, posicionamento, concentração, Agilidade, capacidade senso-perceptiva e altura. Ao referir esta ultima característica, não excluímos a possibilidade de um guarda-redes de baixa estatura no nosso modelo padrão, desde que esta característica seja colmatada com uma boa capacidade de salto/impulsão. A excepção na distinção de um guarda-redes de topo assenta na sua aptidão natural, mas essencialmente no seu esforço e dedicação num treino específico de excelência. 

Luís Figueiredo tr
einador de Guarda redes.

WELCOME

Bem-vindo ao meu Blog
Minha vida profissional e desportiva sempre esteve ligada ao futebol, para o papel do guarda-redes e formação específica, tornando-se por muitos anos o meu trabalho principal.
Eu tive sorte o suficiente para treinar em quase todas as categorias.
Todas essas experiências, reuniões com técnicos, o guarda-redes, a sociedade, as diferentes culturas fizeram de mim o que sou hoje crescer mais do que um professor que não quer parar de aprender.
Então eu vou tentar compartilhar com vocês a minha paixão.
Divirta-se e um grande abraço a todos!

Paulo Fortunato ⚽️










CURRICULUM

NOME: PAULO FORTUNATO
ANO NASCIMENTO: 1978
NATURALIDADE: COSTA DA CAPARICA
NACIONALIDADE: PORTUGUESA
EMAIL: paulofortunato78@gmail.com
TELF: +351 92 68 49 738

TREINADOR DE GUARDA-REDES:

2008/2009 Beira Mar de Almada
2009/2010 Beira Mar de Almada
2010/2011 Clube Futebol Trafaria
2010/2011 Belenenses SAD SUB-19
2011/2012 Almada Atlético Clube
2012/2013 Odivelas SAD
2013/2014 Odivelas SAD
2014 SELECAO NACIONAL AZERBAIJÃO
2015 SELECAO NACIONAL AZERBAIJAO
2015/2016 AD Carregado
2016 CASA BENFICA LOURES (Praia)
2017 CASA BENFICA LOURES (Praia)
2018 CASA BENFICA LOURES (Praia)
2019 GDP Costa Caparica (Praia)
2019 Club Sport Marítimo (Praia)


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2008/2009 Subida de Divisão
2011/2012 Subida de Divisão
2012/2013 Campeão
2013/2014 Subida de Divisão
2014 Participação Super-Final da Liga Europeia em Torredembarra Espanha
2014 Participação na Qualificação para o Campeonato do Mundo em Jesolo
2015 Participação Super Cup da Europa em Baku Azerbaijan
2015 Participação Super-Final da Liga Europeia em Siofok Estônia
2015 Participação 1st European Games em Baku Azerbaijan
2016 Vencedor Taça AFL
2017 Vencedor Taça de Lisboa
2018 Campeão da Liga de Inverno

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