A tomada de decisão é já tida por todos como uma das capacidades mais importantes no sucesso desportivo mas ainda pouco se sabe sobre o seu treino.
É muito comum as pessoas tentarem desmontar o futebol para inventar 'grandes' exercícios para uma determinada capacidade, acabando por treinar uma qualquer outra coisa após descontextualizar por completo as ações daquilo que é o jogo.
Regra geral, os jogadores mais experientes (não confundir experiência com idade) tomam melhores decisões que os menos experientes e isto acontece porque os jogadores mais experientes viveram mais situações competitivas e como tal, para estes jogadores a imprevisibilidade inerente ao jogo é menor. Falando especificamente dos guarda-redes, numa situação de remate a curta distância, é importante que o guarda-redes antes mesmo do atacante rematar a bola, comece a recolher dados relativamente à posição corporal e contexto envolvente (colegas e adversários em redor da bola) para começar a antecipar a trajetória da bola. Quanto melhor ele fizer esta análise, mais eficaz será a sua ação perante a ameaça do atacante. O problema maior é que esta análise é feita inconscientemente, porque a ação do atacante demora menos de 1 segundo e o guarda-redes não tem tempo de avaliar todas as variáveis.
E como é que o nosso cérebro consegue avaliar todas estas variáveis num espaço de tempo tão curto? É aí que entra a experiência.
Numa determinada ação (por exemplo na que está na imagem), o cérebro recorre a experiências passadas semelhantes àquela, para determinar o resultado nessas situações passadas, antecipando a atual.
Se o guarda-redes nunca teve uma situação de jogo ou treino em que aquilo lhe tivesse acontecido, não terá grandes pistas sobre o resultado da ação do atacante e poderá não tomar uma decisão tão atempada para defender a bola.
Por esta altura começa a tornar-se óbvio a resposta à pergunta: como se treina a tomada de decisão? Criando várias situações de jogo de forma a dar um maior repertório de experiências ao guarda-redes. Se queremos treinar a defesa de remates, talvez os remates devam ser feitos em progressão ou após um passe e receção, que são as situações mais comuns em jogo. Muitos têm o hábito de rematar um conjunto de bolas paradas à entrada da área, com o guarda-redes a saber inclusive para onde vai a bola mas eu pergunto, quantas vezes é que um adversário tem a oportunidade de rematar uma bola que está parada à entrada da área numa zona central à baliza, dizendo-lhe inclusive para onde a bola irá?
Não digo que fazer isto esteja errado, simplesmente não me parece um exercício rico em termos de tomada de decisão.
É muito comum as pessoas tentarem desmontar o futebol para inventar 'grandes' exercícios para uma determinada capacidade, acabando por treinar uma qualquer outra coisa após descontextualizar por completo as ações daquilo que é o jogo.
Regra geral, os jogadores mais experientes (não confundir experiência com idade) tomam melhores decisões que os menos experientes e isto acontece porque os jogadores mais experientes viveram mais situações competitivas e como tal, para estes jogadores a imprevisibilidade inerente ao jogo é menor. Falando especificamente dos guarda-redes, numa situação de remate a curta distância, é importante que o guarda-redes antes mesmo do atacante rematar a bola, comece a recolher dados relativamente à posição corporal e contexto envolvente (colegas e adversários em redor da bola) para começar a antecipar a trajetória da bola. Quanto melhor ele fizer esta análise, mais eficaz será a sua ação perante a ameaça do atacante. O problema maior é que esta análise é feita inconscientemente, porque a ação do atacante demora menos de 1 segundo e o guarda-redes não tem tempo de avaliar todas as variáveis.
E como é que o nosso cérebro consegue avaliar todas estas variáveis num espaço de tempo tão curto? É aí que entra a experiência.
Numa determinada ação (por exemplo na que está na imagem), o cérebro recorre a experiências passadas semelhantes àquela, para determinar o resultado nessas situações passadas, antecipando a atual.
Se o guarda-redes nunca teve uma situação de jogo ou treino em que aquilo lhe tivesse acontecido, não terá grandes pistas sobre o resultado da ação do atacante e poderá não tomar uma decisão tão atempada para defender a bola.
Por esta altura começa a tornar-se óbvio a resposta à pergunta: como se treina a tomada de decisão? Criando várias situações de jogo de forma a dar um maior repertório de experiências ao guarda-redes. Se queremos treinar a defesa de remates, talvez os remates devam ser feitos em progressão ou após um passe e receção, que são as situações mais comuns em jogo. Muitos têm o hábito de rematar um conjunto de bolas paradas à entrada da área, com o guarda-redes a saber inclusive para onde vai a bola mas eu pergunto, quantas vezes é que um adversário tem a oportunidade de rematar uma bola que está parada à entrada da área numa zona central à baliza, dizendo-lhe inclusive para onde a bola irá?
Não digo que fazer isto esteja errado, simplesmente não me parece um exercício rico em termos de tomada de decisão.
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