No universo desportivo é já um lugar comum afirmar que o rendimento competitivo é multidimensional por serem vários os factores que concorrem para a sua efectivação.
Todavia, no Futebol, este é um problema de difícil resolução, na medida em que é uma actividade motora complexa que se caracteriza e exprime mediante acções de jogo que não correspondem a uma sequência previsível de códigos (Garganta, 1997).
Dufour (1991) afirma que, pela natureza e diversidade dos factores que concorrem para o rendimento, o jogo de Futebol evidencia uma estrutura multifactorial e de grande complexidade, sendo aquele que, de entre os demais Jogos Desportivos Colectivos, comporta um maior grau de indeterminismo.
Esta característica tem sido responsável pelas acentuadas dificuldades encontradas sempre que se pretende avaliar o rendimento de um jogador ou de uma equipa (citado por Garganta, 1997). O fenómeno desportivo denota, nos últimos anos, marcada evolução, conciliando diferentes exigências do exercício físico com interesses múltiplos nas vertentes económica e social.
A actividade física assume uma crescente especialização, desenvolvendo metodologias de treino mais elaboradas, tanto nos domínios da qualidade como da quantidade; as solicitações impostas apresentam objectivos cada vez mais específicos, favorecendo adaptações orgânicas e estruturais, algumas das quais ultrapassam o limiar de integridade do corpo humano (Pinheiro, 1998).
O exercício físico é, então, uma actividade natural e, portanto, biológica e psicologicamente necessária (Nunes, 1996).
O constante aumento da prática do desporto, seja o de simples entretenimento, seja o de competição de alto nível, tem originado um crescente número de lesões tipicamente desportivas, desde as mais espectaculares e incapacitantes ate às aparentemente benignas mas muitas vezes tanto ou mais invalidantes do que aquelas.
Segundo Luís Horta (1995), a actividade desportiva associa-se, por assim dizer, a alguns malefícios orgânicos.
A lesão desportiva é hoje muito frequente no desporto de competição, e principalmente no de alta competição, fruto dos grandes incrementos no volume e intensidade do treino; o rendimento desportivo é muitas vezes influenciado negativamente pela ocorrência de lesões desportivas.
As cargas deverão ser suficientemente grandes para condicionarem o atleta, mas não deverão ultrapassar determinados limites que predisponham o atleta à lesão.
Pela sua especificidade, as lesões desportivas tem características próprias, que é necessário conhecer, pois só conhecendo-as se diagnosticam e tratam eficazmente.
Deixar a evolução provar a benignidade ou a gravidade de uma lesão é falta grave que pode, só por si, pôr termo a uma carreira desportiva (Mendes, 1987, citado por Massada, 2000).
Toda a repetição gestual intensa e pouco espaçada no tempo deixa nos "sistemas" miotendinoso e osteo-articular a sua marca, por vezes tão característica que se poderá fazer o "diagnóstico" da modalidade desportiva praticada pela simples visualização do morfotipo do atleta ou da análise de um exame radiográfico (Massada, 2000).
Atendendo a que vamos abordar as lesões mais frequentes nos guarda-redes de Futebol de 11 e tendo conhecimento de que algo mais poderia ter sido feito para prevenir esse tipo de lesões, achámos ser pertinente elaborar um estudo descritivo pesquisando as lesões nos guarda-redes da primeira e segunda liga nacional, pondo em prática um conjunto de saberes capazes de identificar os factores de risco (intrínsecos e/ou extrínsecos) concebendo uma análise das características morfo-funcionais deste tipo de desportista (guarda-redes) e relacioná-las com os gestos desportivos específicos desta posição/função.
Ao longo deste estudo pretende aprofundar-se a epidemiologia da lesão desportiva tentando não somente a eliminação da sintomatologia, nomeadamente a dor, mas ir um pouco mais longe, averiguando a etiologia das mesmas ao nível do gesto desportivo, conhecer os diferentes cenários lesionais (macro e micro traumáticas) bem como as características clínicas das lesões ocorridas na épocas 2002/2003 e 2001/2002, de forma a prevenir ocorrências futuras. Como em Portugal os estudos disponíveis nesta matéria são pouco frequentes, particularmente na sua dimensão institucional, representativa de uma amostra credível e significativa, pretende-se que o presente estudo seja um bom contributo e um referencial de valor para todos aqueles que trabalham e investigam o fenómeno desportivo.
Constituem objectivos principais deste estudo: Identificar as lesões mais frequentes do guarda-redes e os períodos de maior incidência, assim como o seu contexto; Identificar as razões pelas quais a lesão acontece; Analisar e relacionar o tipo de lesões encontradas com algumas variáveis sócio-demográficas. Determinar as implicações das lesões mais frequentes do guarda-redes em termos de restrição de actividade. Identificar possíveis razões relacionadas com a especificidade do treino para a ocorrência de lesões. Identificar o tipo de cuidados utilizados na prevenção das mesmas. Determinar os recursos humanos especializados que os clubes dispõem para a avaliação e reabilitação dos atletas.
Todavia, no Futebol, este é um problema de difícil resolução, na medida em que é uma actividade motora complexa que se caracteriza e exprime mediante acções de jogo que não correspondem a uma sequência previsível de códigos (Garganta, 1997).
Dufour (1991) afirma que, pela natureza e diversidade dos factores que concorrem para o rendimento, o jogo de Futebol evidencia uma estrutura multifactorial e de grande complexidade, sendo aquele que, de entre os demais Jogos Desportivos Colectivos, comporta um maior grau de indeterminismo.
Esta característica tem sido responsável pelas acentuadas dificuldades encontradas sempre que se pretende avaliar o rendimento de um jogador ou de uma equipa (citado por Garganta, 1997). O fenómeno desportivo denota, nos últimos anos, marcada evolução, conciliando diferentes exigências do exercício físico com interesses múltiplos nas vertentes económica e social.
A actividade física assume uma crescente especialização, desenvolvendo metodologias de treino mais elaboradas, tanto nos domínios da qualidade como da quantidade; as solicitações impostas apresentam objectivos cada vez mais específicos, favorecendo adaptações orgânicas e estruturais, algumas das quais ultrapassam o limiar de integridade do corpo humano (Pinheiro, 1998).
O exercício físico é, então, uma actividade natural e, portanto, biológica e psicologicamente necessária (Nunes, 1996).
O constante aumento da prática do desporto, seja o de simples entretenimento, seja o de competição de alto nível, tem originado um crescente número de lesões tipicamente desportivas, desde as mais espectaculares e incapacitantes ate às aparentemente benignas mas muitas vezes tanto ou mais invalidantes do que aquelas.
Segundo Luís Horta (1995), a actividade desportiva associa-se, por assim dizer, a alguns malefícios orgânicos.
A lesão desportiva é hoje muito frequente no desporto de competição, e principalmente no de alta competição, fruto dos grandes incrementos no volume e intensidade do treino; o rendimento desportivo é muitas vezes influenciado negativamente pela ocorrência de lesões desportivas.
As cargas deverão ser suficientemente grandes para condicionarem o atleta, mas não deverão ultrapassar determinados limites que predisponham o atleta à lesão.
Pela sua especificidade, as lesões desportivas tem características próprias, que é necessário conhecer, pois só conhecendo-as se diagnosticam e tratam eficazmente.
Deixar a evolução provar a benignidade ou a gravidade de uma lesão é falta grave que pode, só por si, pôr termo a uma carreira desportiva (Mendes, 1987, citado por Massada, 2000).
Toda a repetição gestual intensa e pouco espaçada no tempo deixa nos "sistemas" miotendinoso e osteo-articular a sua marca, por vezes tão característica que se poderá fazer o "diagnóstico" da modalidade desportiva praticada pela simples visualização do morfotipo do atleta ou da análise de um exame radiográfico (Massada, 2000).
Atendendo a que vamos abordar as lesões mais frequentes nos guarda-redes de Futebol de 11 e tendo conhecimento de que algo mais poderia ter sido feito para prevenir esse tipo de lesões, achámos ser pertinente elaborar um estudo descritivo pesquisando as lesões nos guarda-redes da primeira e segunda liga nacional, pondo em prática um conjunto de saberes capazes de identificar os factores de risco (intrínsecos e/ou extrínsecos) concebendo uma análise das características morfo-funcionais deste tipo de desportista (guarda-redes) e relacioná-las com os gestos desportivos específicos desta posição/função.
Ao longo deste estudo pretende aprofundar-se a epidemiologia da lesão desportiva tentando não somente a eliminação da sintomatologia, nomeadamente a dor, mas ir um pouco mais longe, averiguando a etiologia das mesmas ao nível do gesto desportivo, conhecer os diferentes cenários lesionais (macro e micro traumáticas) bem como as características clínicas das lesões ocorridas na épocas 2002/2003 e 2001/2002, de forma a prevenir ocorrências futuras. Como em Portugal os estudos disponíveis nesta matéria são pouco frequentes, particularmente na sua dimensão institucional, representativa de uma amostra credível e significativa, pretende-se que o presente estudo seja um bom contributo e um referencial de valor para todos aqueles que trabalham e investigam o fenómeno desportivo.
Constituem objectivos principais deste estudo: Identificar as lesões mais frequentes do guarda-redes e os períodos de maior incidência, assim como o seu contexto; Identificar as razões pelas quais a lesão acontece; Analisar e relacionar o tipo de lesões encontradas com algumas variáveis sócio-demográficas. Determinar as implicações das lesões mais frequentes do guarda-redes em termos de restrição de actividade. Identificar possíveis razões relacionadas com a especificidade do treino para a ocorrência de lesões. Identificar o tipo de cuidados utilizados na prevenção das mesmas. Determinar os recursos humanos especializados que os clubes dispõem para a avaliação e reabilitação dos atletas.
De acordo os objectivos, o estudo apoia-se nas seguintes hipóteses:
1. Dadas as características do jogo e da posição no campo, as lesões mais frequentes nos guarda-redes serão maioritariamente nos membros superiores, coincidindo a maior incidência das mesmas com o período competitivo e sobretudo durante o treino;
2. Existência de associação entre a incidência das mesmas com o período competitivo e sobretudo durante o treino;
3. Supomos que as lesões implicam um grande período de paragem e resultarão sobretudo de intersecções ou de incorrecções na realização dos gestos técnicos específicos, da mesma forma que existirá uma associação entre as lesões e as lesões anteriores;
4. Existência de um trabalho de prevenção no sentido de prevenir a ocorrência destas lesões, sobretudo através da utilização de equipamento específico, bem como através do seguimento de uma correcta metodologia do treino específico.
5. Actualmente os clubes profissionais de futebol, demonstram grande preocupação na prevenção e reabilitação dos seus atletas, como tal, espera-se que os mesmos incluam nos seus quadros, departamentos médicos especializados, uma vez que o futebol actual traduz-se em rendimento implicando por isso a maior eficácia possível na recuperação e rentabilização do atleta.
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