Recentemente, grande parte da massa associativa no futebol deixou de ver os guarda-redes como jogadores cujo jogo passa apenas pelas mãos.
A periodização tática evoluiu imenso o treino, possibilitando também a evolução da organização tática. Neste sentido, procuraram-se também novas soluções táticas, novas diretrizes e novos conceitos, levando então os guarda-redes a jogar com os pés além das mãos. Hoje, guarda-redes com excelentes reflexos e muito bons de mãos não deixaram de ser bons guarda-redes, mas os melhores guarda-redes, pelo menos para as equipas que se querem campeãs, são os guarda-redes com jogo de mãos e com jogo de pés, tornando-os uma peça vital em várias ocasiões de jogo. | Embora seja ainda um assunto um pouco desconhecido ou de pouca importância, talvez por falta de conhecimento tático de vários treinadores ou porque não reconheceram ainda a verdadeira importância do jogo de pés do guarda-redes, a verdade é que é fundamental ter guarda-redes na equipa que sabem jogar a bola com o pé, por várias razões que vamos enumerar. Desde cedo, José Mourinho afirmou que queria sempre ter guarda-redes muito bons com os pés, e fazia questão de treinar os guarda-redes nos exercícios da equipa, nem que a sua função fosse apenas pelo passa e recebe. A capacidade de passe também é muito importante. Seguem algumas razões porque os guarda-redes devem ter um bom jogo de pés. Nota importante: este artigo já estava planeado, mas o nosso leitor Manuel Furtado, entre outros, incentivaram-me a escrevê-lo. |
Deixe a sua sugestão também.
Aliviam muitas vezes a bola
Muitas vezes, encontrá-mos situações de grande pressão junto à baliza de uma equipa, como num canto por exemplo.
A opção mais segura nesta zona, é sem dúvida o guarda-redes agarrar a bola, uma vez que o adversário não lhe pode roubar a mesma das mãos.
Mas, para o guarda-redes iniciar rapidamente um contra-ataque por exemplo, se lançar a bola com as mãos, esta dificilmente chegará ao meio-campo.
Não é fácil lançar uma bola tão longe.
Para isso, o guarda-redes utilizará os pés, chutando a bola para a zona onde está um colega de equipa bem posicionado, sendo essa zona, já no meio-campo adversário.
Desta forma, a capacidade do guarda-redes em colocar a bola longe com os pés, não só diminui o percurso que os colegas tem de percorrer para alcançar a baliza adversária com a bola, como coloca também a bola longe da própria baliza, obrigando o adversário a ter mais trabalho para alcançar de novo a nossa baliza, como oferece mais tempo para a equipa se recompor
A opção mais segura nesta zona, é sem dúvida o guarda-redes agarrar a bola, uma vez que o adversário não lhe pode roubar a mesma das mãos.
Mas, para o guarda-redes iniciar rapidamente um contra-ataque por exemplo, se lançar a bola com as mãos, esta dificilmente chegará ao meio-campo.
Não é fácil lançar uma bola tão longe.
Para isso, o guarda-redes utilizará os pés, chutando a bola para a zona onde está um colega de equipa bem posicionado, sendo essa zona, já no meio-campo adversário.
Desta forma, a capacidade do guarda-redes em colocar a bola longe com os pés, não só diminui o percurso que os colegas tem de percorrer para alcançar a baliza adversária com a bola, como coloca também a bola longe da própria baliza, obrigando o adversário a ter mais trabalho para alcançar de novo a nossa baliza, como oferece mais tempo para a equipa se recompor
Pontapés de baliza devem ser eficazes
Os típicos pontapés de baliza, são sempre situações importantes, onde muitas vezes ouvimos adeptos e treinadores a dizer que determinado guarda-redes bate bem a bola.
De facto, a capacidade de um guarda-redes no pontapé de baliza muitas vezes torna-se um fator chave, até mais importante do que a forma como os colegas de equipa resolvem a situação.
Um pontapé de baliza não é mais do que um passe longo, e quando bem medido e bem colocado, por melhorar as hipóteses da equipa atacar bem.
Por exemplo, vamos supor que a equipa adversária, durante a nossa saída de jogo, pressiona no seu meio-campo defensivo e que a nossa equipa pretende sair a jogar pela lateral, através do pontapé de baliza para um jogador colocado junto à linha lateral.
Neste caso, se o guarda-redes joga mal com os pés, provavelmente a saída de jogo vai correr mal, pois este tanto pode pontapear a bola para a zona de pressão adversária, como pontapeá-la para fora.
Em ambas as situações a equipa perde a bola em cinco segundos, não por arriscar marcar golo, mas por falta de qualidade técnica do guarda-redes.
De facto, a capacidade de um guarda-redes no pontapé de baliza muitas vezes torna-se um fator chave, até mais importante do que a forma como os colegas de equipa resolvem a situação.
Um pontapé de baliza não é mais do que um passe longo, e quando bem medido e bem colocado, por melhorar as hipóteses da equipa atacar bem.
Por exemplo, vamos supor que a equipa adversária, durante a nossa saída de jogo, pressiona no seu meio-campo defensivo e que a nossa equipa pretende sair a jogar pela lateral, através do pontapé de baliza para um jogador colocado junto à linha lateral.
Neste caso, se o guarda-redes joga mal com os pés, provavelmente a saída de jogo vai correr mal, pois este tanto pode pontapear a bola para a zona de pressão adversária, como pontapeá-la para fora.
Em ambas as situações a equipa perde a bola em cinco segundos, não por arriscar marcar golo, mas por falta de qualidade técnica do guarda-redes.
São sempre apoios para passar e receber a bola
Como referi anteriormente, a capacidade de passe é muito importante.
Muitas vezes, a equipa sai a jogar pelo chão, trocando a bola na defesa até encontrar uma solução viável.
No entanto, a pressão adversária é tão elevada e perto da nossa baliza, que os nossos jogadores podem perder a bola se arriscarem passar para a frente.
Ou então, os adversários estão demasiado perto e tentam recuperar a posse de bola.
Acontece que existe ainda uma opção disponível e sempre viável: o guarda-redes.
Os jogadores podem passar para trás para o guarda-redes, que e um jogador livre de marcação.
Neste caso, a função do guarda-redes não é defender a baliza, mas apoiar a equipa na saída de jogo.
Muitas vezes, vemos situações onde os jogadores atrasam a bola para o guarda-redes, mas estes, sem sequer saberem receber um passe, cometem um erro muito grande, acabando por dar em golo, a que nós chamamos frango.
Na realidade atual do futebol, um guarda-redes deve saber passar e receber a bola, nem que seja pela imagem que passa aos adeptos ao evitar os ditos frangos.
Muitas vezes, a equipa sai a jogar pelo chão, trocando a bola na defesa até encontrar uma solução viável.
No entanto, a pressão adversária é tão elevada e perto da nossa baliza, que os nossos jogadores podem perder a bola se arriscarem passar para a frente.
Ou então, os adversários estão demasiado perto e tentam recuperar a posse de bola.
Acontece que existe ainda uma opção disponível e sempre viável: o guarda-redes.
Os jogadores podem passar para trás para o guarda-redes, que e um jogador livre de marcação.
Neste caso, a função do guarda-redes não é defender a baliza, mas apoiar a equipa na saída de jogo.
Muitas vezes, vemos situações onde os jogadores atrasam a bola para o guarda-redes, mas estes, sem sequer saberem receber um passe, cometem um erro muito grande, acabando por dar em golo, a que nós chamamos frango.
Na realidade atual do futebol, um guarda-redes deve saber passar e receber a bola, nem que seja pela imagem que passa aos adeptos ao evitar os ditos frangos.
Conclusão: os melhores modelos de jogo englobam os seus guarda-redes nos processos de jogo
Bem, existem muitos modelos de jogo bem estruturados e com excelentes formas de colocar a equipa a jogar.
No entanto, arrisco-me a dizer que esses modelos de jogo foram feitos para apenas 10 jogadores. Quando incluímos o guarda-redes nos processos de jogo, o nosso modelo de jogo é composto não por dez, mas por onze jogadores, elevado o número de soluções possíveis do que diz respeito ao domínio da bola.
Muitas vezes, um guarda-redes com bom jogo de pés é muito mais útil à equipa que um guarda-redes com reflexos. Mas o ideal é mesmo ter os dois.
No entanto, arrisco-me a dizer que esses modelos de jogo foram feitos para apenas 10 jogadores. Quando incluímos o guarda-redes nos processos de jogo, o nosso modelo de jogo é composto não por dez, mas por onze jogadores, elevado o número de soluções possíveis do que diz respeito ao domínio da bola.
Muitas vezes, um guarda-redes com bom jogo de pés é muito mais útil à equipa que um guarda-redes com reflexos. Mas o ideal é mesmo ter os dois.