sábado, maio 09, 2015

FUTEBOL

Introdução

O futebol é um dos desportos mais populares no mundo. Praticado em centenas de países, este desporto desperta interesse em função de sua forma de se disputar a bola. Embora não se tenha muita certeza sobre os primórdios do futebol, historiadores descobriram vestígios dos jogos com bola em várias culturas antigas. Estes jogos de bola ainda não eram denominados como futebol, pois não havia a definição de regras como há hoje, porém demonstram o interesse do homem por este tipo de desporto desde os tempos antigos. O futebol tornou-se tão popular graças a sua simples maneira de jogar. Basta uma bola, duas equipas e a baliza, para que, em qualquer lugar, crianças e adultos possam divertir-se a jogar futebol. Na rua, na escola, ou até mesmo no quintal de casa, desde cedo jovens de vários cantos do mundo começam a praticar futebol.

História do Futebol

Origens do futebol na China Antiga
Na China Antiga, por volta de 3000 a.C., os militares chineses praticavam um jogo que na verdade era um treino militar. Após as guerras, formavam equipas para chutar a cabeça dos soldados inimigos. Com o tempo, as cabeças dos inimigos foram sendo substituídas por bolas de couro revestidas com cabelo. Formava-se duas equipas com oito jogadores e o objectivo era passar a bola de pessoa em pessoa sem deixar cair no chão, levando-a para dentro de duas estacas fincadas no campo. Estas estacas eram ligadas por um fio de cera.
O futebol na Idade Média
Há relatos de um desporto muito parecido com o futebol, embora usando muito mais a violência. O Soule ou Harpastum era praticado na Idade Média por militares que se dividiam em duas equipas: atacantes e defesas. Era permitido dar socos, pontapés, rasteiras e outros golpes violentos. Há relatos que mostram a morte de alguns jogadores durante a partida. Cada equipa era formada por 27 jogadores, onde as equipas tinham funções diferentes no campo.
O Futebol chega à Inglaterra
Pesquisadores concluíram que o futebol chegou a Inglaterra por volta do século XVII.
Na Inglaterra, o jogo ganhou regras diferentes e foi organizado e sistematizado. O campo deveria medir 120 por 180,00 m e nas duas pontas seriam instalados dois arcos rectangulares chamados de baliza. A bola era de couro e enchida com ar. Com regras claras e objectivas, o futebol começou a ser praticado por estudantes e filhos da nobreza inglesa. Aos poucos foi se popularizando. No ano de 1848, numa conferência em Cambridge, estabeleceu-se um único código de regras para o futebol. No ano de 1871 foi criada a figura do guarda-redes que seria o único que poderia colocar as mãos na bola e deveria ficar próximo à baliza para evitar a entrada da bola. Em 1875, foi estabelecida a regra do tempo de 90 minutos e em 1891 foi estabelecido o penalti, para castigar a falta dentro da área. O profissionalismo no futebol foi iniciado apenas em 1885 e no ano seguinte seria criada, na Inglaterra, a International Board, entidade cujo objectivo principal era estabelecer e mudar as regras do futebol se fosse necessário. No ano de 1897, uma equipa de futebol inglesa chamada Corinthian fez uma excursão fora da Europa, contribuindo para difundir o futebol em diversas partes do mundo. Em 1888, foi fundada a Football League com o objetivo de organizar torneios e campeonatos internacionais. No ano de 1904, foi criada a FIFA (Federação Internacional de Futebol Association) que organiza até hoje o futebol em todo mundo. É a FIFA que organiza os grandes campeonatos de selecções (Campeonato do Mundo) de quatro em quatro anos.

A história do futebol português

O futebol moderno foi introduzido em Portugal em 1884 por Guilherme Pinto Basto, que havia regressado recentemente de Inglaterra. No entanto, foi preciso esperar quatro anos para que se realizasse o primeiro jogo oficial, nos arredores de Lisboa, na pitoresca vila costeira de Cascais.
O primeiro estádio
O arranque do futebol como um fenómeno popular manteve-se discreto, até que em 1893 um grupo de Cascais aproveitou para formar uma equipa constituída por expatriados ingleses. Nesse mesmo ano foi construído o primeiro campo de futebol no centro de Lisboa, no Campo Pequeno, no local onde hoje se encontra a Praça de Touros.
A ascensão do futebol
Rapidamente começaram a surgir vários clubes, o primeiro dos quais o Lisbonense, ao que rapidamente se seguiram o Real Ginásio Clube, o Carcavelos Clube e o Cabo Submarino, de exilados ingleses. Em 1894, o Rei D. Carlos I patrocinou um jogo de equipas representantes do Norte e do Sul, sendo que em 1910 existiam já três associações regionais com sede em Lisboa, Porto e Portalegre, que se fundiram numa só, quatro anos mais tarde.
O primeiro campeonato
A I Grande Guerra Mundial travou o desenvolvimento do futebol, mas em 1921 assistiu-se ao primeiro encontro internacional de Portugal, que resultou numa derrota por 3-1 frente a Espanha, e à realização do primeiro campeonato nacional, uma competição por eliminatórias ganha pelo FC Porto, em Junho. Em 1926, foi fundada a Federação Portuguesa de Futebol, e o desporto ganhou raízes fortes na sociedade.

Gestos técnicos do Futebol

Passe
Diferentes comentários do conceito de passe:
O passe de acordo com Ferreira é a "acção de enviar a bola a um companheiro ou determinado sector do espaço de jogo". Zappa (1947) afirma que o passe é a acção mais comum e frequente numa partida de futebol e o encanto mais apreciável do jogo.
Para onde passar?
. Para a frente do jogador a quem se destina o passe, para que o mesmo possa correr e progredir facilmente no terreno.
. Em direcção ao jogador a quem se destina o passe.
Quando passar?
. Deve ser feito no momento em que o jogador que está na posse da bola é atacado pelo adversário.
. No momento em que percebe a intenção do companheiro demarca-se, cuidando-se para não demorar na execução, pois poderá colocar o companheiro em impedimento.
Características do passe:
. Elemento de ligação entre componentes de uma equipa;
. O bom passe cobre mais rápido as distâncias, do que os deslocamentos;
. É um dos principais elementos do jogo;
. Existem várias formas de execução de um passe.
Tipos de passes:
1) Passe Longo: é todo aquele em que a bola é lançada a uma distância maior.
2) Passe Curto: é usado para permitir as jogadas mais rápidas entre os jogadores.
3) Passe para trás: feito quando não há possibilidades de progressão no terreno ou quando é preciso impedir a intervenção do adversário. Pode ser efectuado com a cabeça, calcanhar e parte lateral interna do pé, sendo esta mais aconselhável por ser mais precisa.
4) Passe Lateral: Executado com as partes laterais do pé, por denunciar menos a intenção de passar.
5) Passe Cruzado ou Diagonal: É o tipo de passe destinado a mudar a direcção de ataque. Quando é curto, deve ser feito com a parte lateral do pé, quando longo, com o peito do pé.
6) Passe em profundidade: É utilizado para lançar um atacante, devendo ser rasteiro e dirigido para o espaço, a fim de propiciar a fuga do mesmo.
7) Passe de Centro: É utilizado para colocar a bola em frente à baliza, efectuado com o peito do pé, pelo alto. Normalmente os centros partem dos médios e dos extremos.
Síntese:
Variações
Formas
Bola
Parada
Em movimento
Executante
Parada
Em movimento
Distância
Curto
Médio
Longo
Tipo
Simples
Bate-pronto:
fica no chão e faz um passe
Voleio:
bola no ar e chuta sem que ela caia
Bicicleta:
indivíduo em suspensão tenta chutar para trás
Trajectória
Rasteira
Parabólica
Meia altura
Toque
Tradicional:
. Com a face interna do pé
. Com a face externa do pé
. Com a face anterior interna
. Com o calcanhar
. Com o dorso do pé
. Com a ponta do pé
. Com a cabeça
Especial:
. Coxa
. Peito
. Sola do pé
. Peito
. Sola do pé
Condução da bola
A condução da bola é o acto de deslocar-se pelos espaços possíveis de jogo, tendo consigo a posse de bola. Sempre que na condução da bola tens um adversário ao lado, deves protegê-la, usando o pé mais afastado, de forma a cobrires a bola com o teu corpo:
. Se o adversário vem do lado esquerdo, conduz a bola com o pé direito e vice-versa.
. Põe sempre o teu corpo entre a bola e o adversário.
Passo a passo (condução com a parte interior do pé):
1º Recebe a bola suavemente com a parte interior do pé, mantendo-a junto ao solo.
2º Olhe a bola de cada vez que a recebe, levantando de seguida a cabeça para ver os companheiros e adversários.
3º Controle o deslocamento da bola, evitando que entre cada toque ela se afaste demasiado.
4º Mantém o tronco ligeiramente inclinado para a frente.
Finta:
A finta é o acto de desviar ou dar trajectória á bola, estando ela parada ou em movimento.
Recepção (domínio e paragem da bola):
A Recepção é a acção de interromper a trajectória da bola, tomando a posse desta. Sinónimos: Amortecimento, abafamento e domínio.
Passo a Passo:
1º Coloca-te de frente para a bola.
2º Volta a parte interior do pé na direcção da bola.
3º Fixa os olhos na bola, durante toda a sua trajectória.
4º Amortece a bola, recuando ligeiramente o pé quando a bola lhe bate.
Variações
Formas
Trajectória da Bola
Rasteira
Parabólica
Meia altura
Tipo de Recepção (mais comuns)
Com a face interna do pé
Com a face externa do pé
Com o dorso do pé
Coxa
Peito
O Remate:
O remate é a acção por excelência do futebol, a que na maioria das vezes, decide o resultado de um jogo. O remate é uma explosão de carácter repentino, que necessita de uma grande perfeição na sua execução. O rematador deve ser rápido em julgar a situação própria para o remate, quer na decisão, quer na execução, a qual deve ser tão explosiva como instantânea.
Técnica do remate:
O remate deve ser executado com potência e precisão. Ao rematar, o pé descreve um movimento parecido ao do pêndulo e pela lei do pêndulo sabemos que o ponto máximo de velocidade acontece ao passar pela vertical do ponto de sustentação. A máxima potência do remate consegue-se quando o pé activo passa pela vertical do ponto de sustentação – o joelho – momento que coincide com o adiantamento do pé que remata em relação ao pé de apoio. O mais importante para um remate à baliza é uma boa colocação do pé de apoio, o movimento repentino da perna livre e que o pé se encontre à altura da bola.
Tipos de remate:
O remate com a parte interior do peito do pé:
1º Coloca o pé de apoio ao lado da bola.
2º Vira para fora a ponta do pé que bate a bola.
O remate de cabeça:
1º Fixa os olhos na bola durante toda a sua trajectória.
2º Salta e usa os braços para te equilibrares.
3º Bate a bola com a testa, evitando fechar os olhos.
O drible e a finta:
1º Mantém a bola próxima do pé, enquanto te aproximas do defensor.
2º Inclina o corpo, simulando que te queres dirigir para um lado.
3º Se o defensor se inclina para esse lado, bate rapidamente a bola no sentido contrário, afastando-te dele – mudança de direcção. 
Formação de barreiras:
No futebol os jogadores são capazes de colocar a bola com uma força e precisão fora do alcance do guarda-redes, desde a distância entre os 17 e os 25 metros. Por isso, vários jogadores, respeitando a distância de 9,15 metros, colocam-se de modo a dificultarem a marcação da falta, impedindo que a bola entre na baliza.
A barreira nos livres directos:
Na equipa que forma a barreira há um homem base que, se coloca á distância regulamentar de 9,15 metros, numa linha imaginária (desde a bola ao poste mais próximo da sua baliza). Uma vez este jogador colocado na sua posição, os companheiros colocam-se ao seu lado, para tentar tapar o ângulo da sua baliza. O número de jogadores que compõem a barreira varia segundo a distância que separa a bola da baliza. A posição dos restantes jogadores da equipa defensora é de marcação aos jogadores adversários. O guarda-redes deverá colocar-se próximo do segundo poste, que é o que fica mais desprotegido pela barreira.

Regras do Futebol

Campo de Futebol
Pavimentação do campo:
Os encontros de futebol normalmente são realizados em campos constituídos por relva natural, no entanto, existem também recintos de relva sintética. Em Portugal, por regulamentação da Liga de Clubes, as equipas da primeira e segunda divisão jogam em campos de relva. As formações da terceira divisão estão abrangidas pela regulamentação da Federação Portuguesa de Futebol, que determina que as mesmas não têm a obrigatoriedade de terem um recinto relvado no ano em que sobem de divisão. Tal obrigação, só existe a partir do momento em que, as referidas formações estiverem quatro épocas consecutivas ou cinco temporadas alternadas no terceiro escalão. Esta lei foi implementada na época de 1993/1994. No entanto, existem equipas que por uma questão financeira preferem ter um campo com relva sintética, que tem uma manutenção de custos mais barata.
Dimensões:
Um campo de futebol é rectangular e deve ter um comprimento mínimo de 90 m e o máximo de 120 m. A largura deverá ser de 45 m no mínimo e de 90 m no máximo.
Limites do Campo:
O campo de jogo é rectangular dividido por duas partes através de uma linha central. Durante a realização da partida, a bola deve ser jogada dentro dos limites do campo.
No meio, existe uma circunferência com um raio de 9,15m, tendo uma pequena marca circular no centro, onde deve ser dado o pontapé de início de jogo.
Pequena Área
A pequena área é também rectangular e tem dimensões mais reduzidas, estando inserida na grande área. Esta zona tem uma largura de 5,5m e um comprimento de 18,32 m.
Grande Área:
A grande área é a zona do campo próxima da baliza delimitada por um rectângulo, que tem a dimensão de 16,5 m de largura e 40,32 m de comprimento. O guarda-redes somente poderá jogar a bola com as mãos na zona da grande área, caso contrário, o mesmo é admoestado com uma falta. Em cada área penal será marcado um penalti aos 11 metros de distância do ponto médio entre os postes. No exterior de cada grande área se traçará, um semicírculo de raio 9,15 metros.
As Balizas:
As balizas de um campo de futebol estão situadas no meio da linha mais recuada do campo, a uma distância equidistante das bandeirolas e devem ter 7,32m de largura entre os postes e 2,44m de altura. Podem ser colocadas redes fixadas nas balizas e no solo atrás das mesmas, desde que estejam presas de forma conveniente e não atrapalhem o guarda-redes.
Bandeirolas:
As bandeirolas são pequenas bandeiras que estão colocadas nos quatro cantos do campo e têm a altura de 1,5m. A marcação do pontapé de canto deve ser feita a partir da marca limite da bandeirola.
Esquema de um campo de futebol:

A Bola

Antes de cada Mundial, a FIFA realiza um concurso para escolher a bola oficial da competição. Em 1970 a bola oficial foi a “Telstar”, fabricada pela Adidas. Desde então a empresa é patrocinadora da Copa. As regras oficiais determinam que a bola deve ser:
. Esférica;
. De couro ou outro material adequado;
. Com uma circunferência não superior a 70 cm e não inferior a 68 cm;
. Com peso não superior a 450 g e não inferior a 410 g, no começo da partida;
. Com pressão equivalente a 0,6 – 1,1 atmosfera (600 – 1100 g/cm2) ao nível do mar.

Jogadores

Número de jogadores:
A partida será jogada por duas equipas formadas por um máximo de 11 jogadores cada uma, dos quais um jogará como guarda-redes. A partida não se iniciará se uma das equipas tiver menos de sete jogadores.
Competições oficiais:
Poderão ser utilizados como máximo três substitutos em qualquer partida de uma competição oficial jogada sob os auspícios da FIFA, as Confederações ou das Associações Nacionais. O regulamento da competição deverá estipular quantos substitutos poderão ser designados, desde três até um máximo de sete.
Outras competições:
Em outras competições poderão utilizar-se como máximo cinco substitutos, sempre que:
. as equipas em questão cheguem a um acordo sobre o número máximo;
. o árbitro tenha sido informado antes do início da partida;
. Caso o árbitro não tenha sido informado, ou não se tenha chegado a um acordo antes o início da partida, não se admitirão mais de três substitutos.
Todos os jogos:
Em todas os jogos, os nomes dos substitutos deverão ser entregues ao árbitro antes do início do jogo. Os substitutos que não tenham sido designados desta maneira, não poderão participar no jogo.
Procedimentos de substituição:
Para substituir um jogador por um substituto deverão ser observadas as seguintes condições:
. O árbitro deverá ser informado da substituição proposta antes que esta seja efectuada;
. O substituto não poderá entrar em campo e jogo até que o jogador o qual substituirá tenha abandonado o campo de jogo e recebido o sinal do árbitro;
. O substituto entrará em campo e jogo unicamente pela linha central e durante uma interrupção o jogo;
. Uma substituição ficará consumada quando o substituto entra em campo de jogo;
. A partir desse momento o substituto converte-se em jogador, e o jogador ao qual substitui deixa de ser jogador;
. Um jogador que tenha sido substituído não poderá participar mais no jogo;
           

Equipamento

Segurança
Os jogadores não utilizarão nenhum equipamento nem levarão nenhum objecto que seja perigoso para eles mesmos ou para os restantes jogadores (incluindo qualquer tipo de jóias).
Equipamento básico
O equipamento básico de um jogador é:
. Uma camisola;
. Calções - caso usem calções térmicos, estes deverão ter a cor principal dos calções do uniforme;
. Meias;
. Caneleiras;
. Chuteiras.
Caneleiras:
. Deverão estar abertas e cobertas completamente pelas meias;
. Deverão ser de um material apropriado (borracha, plástico ou material similar);
. Deverão proporcionar um grau razoável de protecção.
Guarda-redes
Cada guarda-redes vestirá cores que o diferenciem dos restantes jogadores, do árbitro e dos árbitros assistentes. Jogos onde a equipa visitante está com um uniforme de cor igual ou que possa confundir os jogadores da mesma equipa serão obrigados a utilizar uniformes de cores diferente, nesse caso o uniforme dito "número 2".

Equipa de Arbitragem

Um jogo de futebol é dirigido por uma equipa de arbitragem, constituída por um árbitro principal, dois árbitros assistentes e o designado 4º árbitro. Todos eles usam normalmente um equipamento que apresenta uma cor diferente das cores dos equipamentos das equipas de futebol, com o objectivo de não serem confundidos com as mesmas. O árbitro tem como função controlar o tempo do jogo, assinalando o seu início e o seu fim e é responsável por supervisionar, no decorrer do jogo, a disciplina dos jogadores, impedindo que os mesmos infrinjam as regras estabelecidas. Sempre que um atleta cometer uma falta, o árbitro deve assinalar a respectiva infracção a favor da equipa que foi prejudicada. Consoante a gravidade da falta, tem também a função de mostrar os cartões amarelos e vermelhos aos jogadores. Os árbitros assistentes usam uma pequena bandeira para assinalar os foras de jogo de cada equipa e, ajudam o árbitro a marcar faltas em situações de dúvida. No final de cada encontro, o árbitro deve elaborar um relatório, que deve ser entregue na entidade responsável pela organização do jogo em causa. A partir de 1995, as equipas de arbitragem passaram a contar com um outro elemento, o quarto árbitro. A sua função diz respeito ao auxílio que presta ao árbitro principal na resolução de situações duvidosas e que possam acontecer fora do ângulo de visão do juiz principal. Em Portugal, as entidades responsáveis pela organização das provas são a Liga de Clubes de Futebol, que organiza o Campeonato Nacional e a Federação Portuguesa de Futebol, responsável pela organização da Taça de Portugal.

Duração do Jogo

Uma partida de futebol deve durar 90 minutos, divididos em duas partes (tempos) de 45 minutos cada. Entre as duas partes existe uma pausa de 15 minutos. O árbitro é o contador oficial do tempo decorrido e pode descontar no fim da partida os minutos perdidos em razão de substituições de jogadores, lesões que tenham requerido atendimento médico e outras paragens. O tempo descontado (e não "acrescido" como normalmente é dito) deve corresponder o mais precisamente ao tempo perdido durante as paragens. Em jogos em que está presente o quarto árbitro, que fica à margem do campo de jogo, é este que sugere ao árbitro principal o tempo que deve ser descontado ao fim de cada tempo da partida. Em determinados jogos, é necessário que uma das equipas seja declarada vencedora, não podendo haver empate. Neste caso, não havendo vencedor ao fim dos noventa minutos regulares, o árbitro determina a continuidade da disputa num prolongamento, constituído por trinta minutos divididos em dois tempos de quinze minutos. Em algumas competições, a primeira equipa a marcar um golo no prolongamento é declarado vencedor, ao que se dá o nome de morte súbita ou "golo de ouro" (golden goal). Se no fim do tempo do prolongamento nenhum das duas equipas estiver à frente do marcador, o árbitro determina por fim a disputa por penaltis

Inicio e recomeço do Jogo

No início da partida ou quando é marcado um golo, a bola deverá sempre ir ao meio campo, e deve ser batida sempre para a frente da linha de meio  campo e sempre com um toque indirecto, ou seja um jogador não pode seguir ou rematar a bola sem que o outro lhe passe. Dentro do grande círculo do meio de campo, quando é dado o "pontapé" de saída, só podem estar dentro desse círculo os jogadores da equipa a quem pertencer a bola.
Bola fora de Jogo
A bola está fora de jogo quando:
1º - Tiver atravessado inteiramente uma linha lateral ou de fundo, seja por terra ou pelo ar;
2º - Quando a partida tiver sido interrompida pelo árbitro.
A bola estará em jogo:
1º - Se permanecer em campo depois de chocar-se com as traves, ou as bandeirinhas de canto, o árbitro ou os fiscais de linha;
2º - Enquanto não se toma uma decisão sobre uma suposta infracção às regras.

Golo

Ressalvadas as excepções previstas nas regras, se considerará golo quando a bola ultrapassar totalmente a linha de fundo, entre as traves e por baixo da trave, sem que tenha sido lançada, levada ou golpeada com a mão ou o braço de um jogador da equipa atacante – excepto o guarda-redes, quando dentro da grande área. A equipa que marcar maior número de golos ganhará o jogo. Se não houver golos, a partida terminará empatada. No entanto, a decisão por penaltis é prevista no regulamento de algumas competições futebolísticas, quando a igualdade no marcador insiste em prevalecer. São cobradas cinco séries de penaltis, uma para cada equipa, até que uma seja declarada vencedora por ter feito um golo à mais do que o rival, ou se este não puder alcançar a igualdade. Somente podem cobrar penaltis a jogadores que estejam participando no jogo; atletas expulsos não estão autorizados a participar das penalidades. Durante estas, os jogadores de ambas as equipas permanecem no círculo central, com excepção dos guarda-redes, que esperam pela bola na grande área. O penalti pode ser cobrado em dois toques, desde que a bola seja rolada para frente e o segundo jogador a toca-la esteja fora da área no momento da cobrança.

Faltas e incorrecções

Um jogador que cometa intencionalmente uma das nove faltas seguintes será punido com um livre directo, marcado no local onde ocorreu:
1. Pontapear ou tentar pontapear um adversário;
2. Derrubar ou tentar derrubá-lo, usando a perna ou agachando-se atrás ou à sua frente;
3. Saltar sobre um adversário;
4. Atacar violenta ou perigosamente um adversário;
5. Atacar por trás um adversário que não lhe fez obstrução;
6. Atingir ou tentar atingir um adversário;
7. Segurá-lo com a mão ou o braço;
8. Empurrá-lo;
9. Tocar a bola com a mão ou o braço.
Se qualquer destas faltas for cometida por um defensor dentro de sua grande área, será punido com um penalti.
O jogador responsável por uma das seis faltas seguintes, será punido com um livre indirecto:
1. Jogar de forma perigosa (chutar a bola quando esta estiver com o guarda-redes, por exemplo);
2. Investir lealmente - isto é, com o ombro - sobre um adversário, quando a bola não estiver à distância de jogo dos envolvidos e estes não tencionam participar na jogada;
3. Sem tocar na bola, obstruir intencionalmente um adversário, colocando-se como obstáculo entre ele e a bola;
4. Atacar o guarda-redes, a menos que ele detenha a bola, obstrua um adversário ou esteja fora da grande área;
5. Sendo guarda-redes, dar mais de quatro passos com a bola nas mãos, tocá-la antes de outro jogador depois de tê-la colocado em jogo, ou retardar a partida;
6. Sendo guarda-redes, receber a bola atrasada por um companheiro com o pé.  
Também com um livre indirecto serão punidas as seguintes faltas:
1. Infracções constantes às regras de jogo;
2. Reclamação, com palavras ou gestos, a qualquer decisão do árbitro;
3. Conduta incorrecta.
Sofrerão expulsão os jogadores que:
1. Se mostrarem, segundo a opinião do árbitro, violentos;
2. Usarem de linguagem injuriosa;
3. Persistirem nas infracções após terem sido advertidos;
4. Derrubarem por trás os adversários que estiverem correndo com a bola na direcção do golo;
5. Evitarem golos eminentes desviando a bola com a mão.
Partidas interrompidas para uma expulsão, sem que outra falta tenha sido assinalada, serão reiniciadas com um  livre indirecto contra a equipa do jogador punido.

Pontapé de baliza

Atribuição:
Um pontapé de baliza é atribuído à equipa defensiva quando a bola sai completamente do campo pela linha de fundo (tanto no solo como no ar) sem que um golo tenha sido marcado, tendo sido tocada por último por um jogador atacante.
Procedimento:
A bola é inicialmente colocada em qualquer sítio dentro da área de golo (grande área) defensiva. Todos os jogadores adversários têm que se encontrar fora da grande área até que a bola esteja em jogo. Na situação de pontapé de baliza, considera-se que a bola está em jogo no momento em que é pontapeada e sai da grande área. Um golo pode ser marcado directamente a partir de um pontapé de baliza, mas apenas contra o lado do adversário (i.e. um auto-golo ou golo contra não pode ser marcado). Além disso, um jogador não pode ser penalizado por fora-de-jogo directamente através de um pontapé de baliza.

Acções Técnico-Tácticas

Existem duas grandes fases no futebol:
Ataque – a equipa tem posse de bola, procura mantê-la e tenta criar situações de progressão e concretização.
Defesa – a equipa não tem posse de bola, procura apoderar-se dela e tenta impedir a criação de situações de progresso e finalização por parte da equipa adversária.
 
PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS
Ataque
Defesa
*penetração
*contenção
*cobertura ofensiva
*cobertura defensiva
*mobilidade
*equilíbrio
*espaço
*concentração

Se te encontras na posse da bola, deverás ter como primeira preocupação a finalização (marcação de golo), ou procurar espaço livre que te permita a progressão em direcção à baliza de equipa adversária – penetração. Em resposta à tua penetração, a equipa adversária deverá colocar um jogador entre o portador da bola (que és tu) e a baliza, de modo a fechar, imediatamente, a linha de remate ou de progressão para a baliza – contenção. Perante esta igualdade numérica (1x1), a equipa que defende corre mais riscos. Assim esta deve-se preocupar em criar uma situação de superioridade numérica, colocando, deste modo, um segundo jogador a defender – cobertura defensiva. Agora a tua equipa está em inferioridade numérica e para que se estabeleça, de novo, o equilíbrio, surge um segundo atacante – cobertura ofensiva. Nesta situação de 2 x 2, o segundo atacante deve afastar-se do portador da bola, isto é, deve afastar-se de ti, de modo a que fiques liberto da cobertura defensiva e assim possas reconstruir o 1 x 1. Se o segundo defesa não acompanha o segundo atacante, está então criada uma linha de passe. Deverás passar a bola de forma a criar uma situação de 1x 0 – mobilidade. A equipa que está a defender pode optar por uma das alternativas, no entanto, o segundo defesa deverá acompanhar o segundo atacante, restabelecendo-se situações de igualdade numérica (1 x 1) – equilíbrio. Quando estás a atacar tens todo o interesse em tornar o jogo mais aberto, com maior amplitude, em largura e profundidade, em criar linhas de passe, obrigando assim a equipa adversária a flutuar e a ter maior dificuldade em criar situações de superioridade numérica – espaço. Se estás a defender deves ter preocupações bem contrárias às anteriores, isto é, restringir o espaço disponível para jogar, diminuir a amplitude do ataque, obrigar o adversário a jogar em espaços reduzidos, de forma a facilitar a cobertura defensiva e a criação premente de situações de superioridade numérica – concentração. Por tudo quanto se referiu, facilmente podemos concluir que as tarefas de um jogador podem variar e depende se está a atacar ou a defender.

Conclusão

Entre os vários desportos, o futebol é aquele que mais tem contribuído para projectar internacionalmente a imagem do país. O futebol é o desporto nacional que tem um papel importante como instrumento educacional, pois gera oportunidades e prepara as novas gerações para o futebol. Além de colocar as crianças de todas as classes sociais lado a lado, ensina valores como cooperação e respeito e diminui as diferenças culturais.

FUNÇAO TACTICA DO GUARDA-REDES






Colocação de função táctica do

guarda redes (defesa do espaço)






  • 1. Colocação de função táctica do guarda-redes com e sem a posse da bola (Defesa do espaço)
  • 2. A colocação, as tarefas tácticas e de organização do guarda-redes na fase de posse de bola da equipa adversária.
    Esta apresentação tem a intenção de analisar a colocação a ter, as tarefas tácticas e de organização do guarda-redes moderno na fase de posse de bola na equipa adversária. 
  • Será explicada a tarefa de organizador da linha defensiva, os objectivos que deve defender, a postura e a colocação a ter, e os diversos tipos de deslocamentos a efectuar. 
  • Alguns dos exercícios apresentados têm temas analíticos e outros de situações específicas.
    Os primeiros são na maioria adaptados aos escalões de formação onde a aprendizagem das componentes da fase de antecipação da recepção da bola (postura, deslocamentos e posição corporal) estão entre os objectivos principais. 
    As situações específicas são próprias dos escalões mais velhos da formação e da 1ª equipa. 
  • No futebol actual a participação do guarda-redes no jogo, é muito mais activa do que sucedia anteriormente, quando o guarda-redes ficava isolado e era considerado o último defesa da equipa. 
  • Nos primeiros anos da década de noventa, devido ás alterações das regras introduzidas pela FIFA, e á procura de soluções tácticas pelos treinadores, o guarda-redes começou a participar nos mecanismos de jogo da equipa, quer na fase defensiva quer na ofensiva. 
  • Para isso é exigido ao guarda-redes manter um elevado e contínuo nível de atenção e concentração durante todo o jogo. 
  • Estas são qualidades muito importantes, e devem fazer parte do programa de treinos já nos escalões de formação. 
  • Estar atento é uma função cognitiva que permite ao guarda-redes seleccionar entre todos os estímulos (visíveis, sonoros, tácteis) que recebe, os que são naquele momento mais relevantes perante a situação. 
  • A concentração é o conjunto de comportamentos que leva a orientar os órgãos sensoriais e o sistema nervoso central no sentido exigido pela situação ou tarefa. 
  • A atenção e a concentração são “treináveis” quer propondo durante a sessão de treino exercícios que exigem respostas motoras desencadeadas pela escolha, quer responsabilizando o guarda-redes no contexto de jogo. Responsabilizar é possível já nos escalões de formação e significa atribuir ao guarda-redes tarefas tácticas a cumprir e os objectivos a atingir, que obviamente devem ser diferentes de acordo com a idade e capacidade. O que permite ser um participante activo em cada fase de jogo, mas sobretudo um “guarda- redes pensante”, isto é, um guarda-redes que em cada momento dá resposta pessoal e eficaz no contexto da situação. A programação e a organização da moderna preparação do guarda-redes deve ter em linha de conta a observação efectuada durante a competição. Analisando um qualquer scout “jogo”, nota-se que as intervenções defensivas, embora de valor substancial, têm uma percentagem mínima (10-20%), em relação ás restantes acções.
    Daí a necessidade de modificar e alargar os temas propostos no treino.
  • 3. A capacidade de leitura de jogo e gestão do espaço, a técnica de lançamento com as mãos e pés, as situações de 1xGR, a saída a bolas altas com recepção ou afastar, ou aquelas saídas a atacar uma bola baixa antecipando ao adversário e as saídas em voo afastando a bola com os punhos são as intervenções mais efectuadas num jogo de futebol actual. Ter uma boa percepção do espaço, pressupõe também os conhecimentos dos conteúdos tácticos que devem ser introduzidos logo nas sessões de treino específicas, com exercícios analíticos, que é possível propor também nos primeiros anos de formação, durante os quais se determinam os chamados “palletti tácticos” (Objectivos). Esta fase pode ser desenvolvida de forma prática no campo, mas também de forma teórica com utilização dum quadro ou suporte multimédia. 
  • FASES DE JOGO 
  • As fases do jogo podem ser de dois tipos:  COM A POSSE DA BOLA  SEM A POSSE DA BOLA
    Nesta apresentação irei falar do segundo tipo do ponto de vista do guarda-redes.
    FASE SEM A POSSE DA BOLA
    Falamos de táctica na fase sem a posse da bola quando a bola é jogada pela equipa adversária seja em situações de bola em movimento seja de bola parada.
    Podemos assim resumir as diversas tarefas e objectivos do guarda-redes durante esta fase.
    1 – TAREFAS NA ORGANIZAÇÂO DA DEFESA

    O guarda-redes moderno tem uma função, por vezes com pouco realce, mas que creio fundamental, juntamente com a capacidade técnica, que é a da correcção táctica e da organização defensiva através de uma clara, breve e precisa comunicação verbal com os colegas.
    Um guarda-redes que lê as situações e que comunica de modo eficaz com os próprios colegas consegue reduzir consideravelmente os perigos que podem chegar á sua baliza. Isto significa e demonstra que “falando pode-se logo começar a defender”.
    O guarda-redes deve ser por isso “o treinador em campo, dos defesas” e a segunda situação a desenvolver são as tarefas importantes de organização da linha defensiva. Por outro lado esta capacidade de contínua observação permite-lhe estar concentrado por um período maior de tempo.
  • 4. 1.1 – ORGANIZAÇÂO DEFENSIVA NA BOLA PARADA
    No futebol moderno as bolas paradas têm cada vez mais importância, tanto que é uma elevada percentagem de golos resulta destas situações. 
  • A partir do último ano de infantis (12 anos) penso que o guarda- redes deve ser habituado e responsabilizado na organização e gestão da linha defensiva nas situações de bola parada. Antes da competição deve informar pessoalmente os colegas que compõem a barreira frontal ou laterais e os que ocuparão posições fixas (curto, no poste, etc.). Na equipa principal, por vezes, os factores que intervêm nestas fases são múltiplos, por isso penso que a escolha deve ser feita em comum acordo com o treinador ou com o treinador de guarda-redes. Nestes momentos do jogo e o seu recomeço passam alguns segundos, com o risco de o nível de atenção de alguns colegas poder diminuir. O guarda-redes tem assim a tarefa de nestes momentos de solicitar aos colegas a máxima atenção, e verificar que estes assumem as posições e marcações correctas estabelecidas anteriormente e sobretudo após as substituições a organização da linha defensiva nas bolas paradas deve manter-se eficaz. 
  • 1.2 – ORGANIZAÇÃO DEFENSIVA COM BOLA EM JOGO
    O momento de correcção táctica, um meio de comunicação (verbal mas não só) com os colegas, que podem ser solicitados a assumir a posição em jogo mais correcta (basculando, apoiando, marcando ou cobrindo), de forma a não ser surpreendido pelas soluções adversárias. 
    Esta fase não deve começar quando a bola está perto da área defensiva, mas também no momento da posse da bola, o guarda-redes tem a tarefa de manter equilibrado e organizado o sector defensivo. 
  • No momento em que o adversário começa a acção ofensiva o guarda-redes deve verificar imediatamente a correcta disposição do sector defensivo e do meio campo, organizando a manobra defensiva com os jogadores pré-determinados ou com os que podem compensar uma zona descoberta.
  • 5. OS OBJECTIVOS DO GUARDA-REDES
    Com este esquema é possível dar os objectivos dos guarda-redes, sobretudo aos mais jovens, como eles devem proceder em todos os momentos perante as tarefas e permanecer atentos durante o tempo de jogo.
    ZONA 1 (PARTICIPAÇÃO ACTIVA) É a zona mais longe da baliza e por isso a menos perigosa.
    O guarda-redes deve-se limitar a verificar e manter o correcto equilíbrio defensivo. Por exemplo em acções de jogo ofensivo ou pontapés de canto deve verificar que o número de defesas que vigiam os adversários é em maior número de forma a garantir superioridade numérica. 
    Se a posse da bola nesta zona do campo é dos adversários, o guarda-redes deve verificar o correcto posicionamento dos defesas e médios centro. 
  • ZONA 2 (ORGANIZAÇÃO TÁCTICA)
    Quando a bola está nesta zona o guarda-redes deve iniciar a fase de organização táctica da defesa e eventuais movimentos dos avançados e extremos nas costas da linha defensiva sobretudo se esta joga muito alto.
    ZONA 3 (CORRECÇÃO TÁCTICA)
    Nesta zona em que o guarda-redes deve ter já organizado a defesa e se for necessário completar a última correcção táctica chamando ou avisando dos movimentos os colegas do sector defensivo e meio campo.
  • 6. ZONA 4 (ZONA DE CRUZAMENTOS)
    Esta é uma zona lateral do campo da qual vêm muitos cruzamentos para o centro a área.
    O guarda-redes deve ver a zona de partida da bola mas ao mesmo tempo ver também a zona central da área para procurar informações que lhe permitam poder prever a jogada do adversário e também poder passar informação aos colegas. Estas informações podem ser movimentos ou posições tomadas pelos avançados, extremos ou até mesmo médios adversários.
    ZONA 5 (DEFESA DA BALIZA) É a zona mais perigosa e onde estatisticamente têm origem quase 90% dos golos marcados. 
    Neste caso o guarda-redes focaliza maioritariamente a sua atenção para a bola porque o seu primeiro objectivo é defender a baliza de uma possível situação de finalização directa. Com a experiência e tranquilidade procurará em seguida ampliar o campo de visão e ler os movimentos dos avançados, extremos e médios, para prever uma eventual intervenção ou chamar á atenção os colegas alternando rapidamente os níveis de atenção novamente para a bola. A mudança das tarefas e dos objectivos do guarda-redes, depende em primeiro lugar da zona do campo no qual se desenvolve a acção, faz-nos compreender como em cada fase do jogo o guarda-redes tem tarefas a resolver. Se o guarda-redes desde a idade jovem for educado e “responsabilizado” a tais tarefas, ajuda-o a melhorar e manter o contínuo nível de atenção, aquilo que os jovens guarda- redes têm maior dificuldade em ter. 
  • FASE DE ANTECIPAÇÃO DA INTERVENÇÃO
    Por tudo o que foi dito começa-se a compreender como assume grande importância a FASE DE ANTECIPAÇÃO DA ACÇÃO quer no caso de defesa da baliza quer do espaço.
    Após um remate á baliza o guarda-redes deve sempre intervir escolhendo qual a acção técnica a realizar, nas situações de defesa do espaço deve por sua vez ter presente alguns factores que lhe permitirão compreender se existe a possibilidade de intervir ou não.
    ESTES FACTORES PODEM SER:
     A posição da bola e o seu estado. 
    A posição e o movimento do adversário na posse da bola. 
    A posição e o movimento dos adversários. 
    A posição e o movimento dos colegas. 
    As condições climatéricas e do terreno. 
    A sua colocação (que assume com base nos factores acima expostos). 

  • CONTEÚDOS TÉCNICOS NA FASE DE ANTECIPAÇÃO:  Postura (Defesa do espaço, defesa da baliza e do espaço).  Deslocamentos.  Colocação.
  • 7. Em cada momento do jogo o guarda-redes tem objectivos, quando a bola está na zona que focámos atrás, dependendo de diversas variáveis situacionais ou ambientais é chamado a defender o espaço e a baliza ou se a distância é muito pequena defende só a baliza.
    Em todas as fases, mas sobretudo na segunda, a tarefa resulta mais difícil porque o espaço entre o portador da bola e a baliza é reduzido e só uma grande habilidade permite ao guarda-redes ver a bola e o desenvolvimento da acção que na fase de antecipação é determinante e que aumentará com a experiência. 
    Quando em baixo fala-se de “bola coberta” ou “bola descoberta” entende-se: “BOLA COBERTA” Podemos definir bola coberta quando um jogador tem a posse da bola e é pressionado por um adversário de modo que lhe reduz o espaço e o tempo para uma jogada fácil ou com vantagem para a sua equipa. 
  • Ou quando se encontra em condições onde necessita tempo + para fazer a jogada (não está em condições de poder jogar a bola naquele preciso momento). 
  • O MOMENTO NO QUAL É OPORTUNO ACTUAR EM SITUAÇÕES DE “BOLA COBERTA” SÃO:  O adversário que está para receber a bola está de costas.  O adversário na posse da bola vai rodar. 
    Quando a bola está numa trajectória aérea.  Num passe longo e lento do adversário. 
    Num controlo errado da bola pelo adversário. 
    Quando o adversário conduz a bola e o seu pé de apoio está distante da bola. “BOLA DESCOBERTA” Podemos definir “bola descoberta” quando um adversário na posse da bola tem tempo e espaço á disposição para realizar a jogada que entender. 
  • É um sinal de perigo porque o adversário pode fazer a jogada como bem entender e por consequência os colegas podem efectuar os movimentos de desmarcação sem procurarem combinações ofensivas predeterminadas e de difícil leitura para a defesa.
    Neste caso o guarda-redes deve chamar a linha defensiva para recuar de forma a oferecer o menor espaço possível de manobra ao adversário. 
  • A orientação da equipa nestas duas fases é a da elasticidade defensiva que deve ser seguida e também a do guarda- redes, a fim de evitar que se coloque muito perto da baliza ou muito fora na segunda das situações.
  • 8. 2 – OBJECTIVOS A DEFENDER Com base nos diversos desenvolvimentos da acção, na posição dos colegas, dos adversários e da bola, o guarda-redes tem objectivos precisos a defender: 
  • 2.1 – DEFESA DO ESPAÇO O guarda-redes tem como objectivo principal o de defender o espaço quando o adversário está na posse da bola e está a uma distância tal que um eventual remate á baliza é impensável para o guarda-redes. 
  • Este último tem como função táctica o de ajudar os colegas da defesa participando na situação com uma atitude própria que lhe permite responsabilizar-se para uma colocação mais “alta” para intervir nas costas da defesa no caso de cruzamentos, passes em profundidade ou bolas afastadas.
    Neste momento a fase de organização defensiva resulta relativamente simples e deve ser a primeira forma de comendo e correcção a aprender.
    A defesa do espaço é um “mix” entre a capacidade condicional, coordenativa e sobretudo psicológica. Muitos afirmam que “a energia física influência a psíquica e vice-versa”.
    Um guarda-redes é fisicamente “preparado” que se sente “forte e seguro”, não hesita em assumir a sua própria responsabilidade intervindo com coragem e mestria na situação transmitindo a todos sinais importantes do seu estado de forma, que se for precária poderá muitas vezes ficar na baliza e não assumir o risco que a situação exige.
    Um guarda-redes que joga adiantado (“alto”), permite á linha defensiva jogar o maior tempo atrás dos jogadores do meio campo, evitando assim alongar muito a equipa, reduzindo o espaço de manobra dos adversários. 
  • O jogar alto, como já foi mencionado, exige grande capacidade psicológica (responsabilidade, personalidade e segurança) e é uma qualidade muito apreciada pelos treinadores. Em algumas organizações defensivas modernas o guarda-redes, apesar de ser fenomenal entre os postes mas sem habilidade na defesa do espaço torna-se pouco competitivo porque com as suas limitações coloca sempre em problemas os colegas, quer nas bolas em profundidade quer nas bolas paradas. Penso que quando há a possibilidade de interceptar a bola com uma recepção, com um desvio ou afastar com os punhos o guarda-redes deve sempre efectuar a saída. O pensamento do guarda-redes de ser “intervenho eu primeiro do que talvez possam intervir outros” assumindo a responsabilidade de resolver na primeira pessoa a situação de jogo.
    Muitas vezes, assistimos a defesas incríveis após remates de cabeça de curta distância, estas intervenções seguramente espectaculares que realçam o papel do guarda-redes, poderiam ser evitadas se em vez de esperar o remate á baliza, com o risco de marcar golo, o guarda-redes antecipasse tudo com uma saída da baliza.
  • 9. Esta atitude é muitas vezes devido a factores psicológicos antes de tudo uma falta de hábito pata atacar a bola ou ir á procura da bola.
    O guarda-redes que joga alto corre mais risco de cometer alguns erros de avaliação que pode levar por vezes a sofrer alguns golos.
    Na economia global de uma temporada estatisticamente são com certeza mais as situações resolvidas antecipando as intervenções dos adversários e evitando remates perigosos á baliza do que no que diz respeito aos erros cometidos. Por isso penso que um guarda- redes deve ser encorajado a sair, mesmo que falhe e em particular executar ao máximo o gesto no treino a fim de tomar consciência das melhorias conseguidas e da margem ainda disponível. Por outro lado no treino devemos inserir exercícios de “reforço” que levam o guarda-redes a ter maior segurança, experimentando aquelas que podem ser as situações de risco que podem acontecer no jogo.
    Assumir a correcta colocação do espaço torna-se extremamente importante e tacticamente pode representar uma mais-valia a defender. A figura abaixo é uma útil progressão para ensinar a posição de espera para defesa do espaço. Durante a execução devemos tomar atenção á posição de espera inicial e á técnica de deslocamento. A progressão começa com a aprendizagem da posição de espera em situações da bola lateral baixa (STEP frontal).
    Colocam-se varas vou cones que simulam um adversário na possa da bola, nas posições 1,2,3 á esquerda ou á direita. O treinador começa por dar sinal para as diversas posições e o lado. (
    Ex: 1 direita), espera que o guarda-redes se coloque correctamente e depois dá sinal para outra posição. (Ex: 3 esquerda). A posição de espera correcta deste STEP frontal é indicada na próxima caixa de resumo.
    O guarda-redes desloca-se para uma posição de espera correcta e de acordo com a referência mencionada.
    Normalmente para um deslocamento curto utilizam-se apoios próximos (deslocamento lateral normal, sem cruzar apoios), para um deslocamentos maior o apoio será cruzado que garante uma maior velocidade de deslocamento. Em caso de erro interrompe-se a execução e corrige-se o jovem guarda-redes.
    Quando o miúdo demonstrou ter aprendido estas posições, podemos introduzir como primeira variante ao dar sinal, simular que o possuidor da bola está em posição de remate á esquerda ou á direita, tendo de fechar mais ou menos o ângulo da baliza. Para tornar o exercício mais variado e dinâmico, podemos solicitar ao guarda-redes para realizar uma cambalhota, uma roda, um rolamento lateral entre um deslocamento e outro.
  • 10. Depois de ter realizado de acordo com a idade 4-6 deslocamentos, o treinador pode terminar o exercício lançando a bola com o pé para que o guarda-redes saia a interceptar uma bola alta, baixa ou outra. 
  • POSIÇÃO DE ESPERA PARA DEFESA DA BALIZA POSIÇÃO E DESLOCAMENTO DORSAL PARA DEFESA DO ESPAÇO O (2 STEP) introduz a posição de espera de saída a bolas em profundidade com a bola na zona central.
    Colocam-se 4 bolas na zona central adicionando assim ao sinal também as posições centrais (
    Ex:
    2 central) que podem ser utilizados de modo exclusivo ou combinado com os do 1º STEP. A correcta posição de espera que o guarda-redes assume é indicada na próxima caixa de resumo.
    Em relação á técnica de deslocamento aplicamos também neste caso os mesmos princípios vistos para o anterior.
    Também neste caso após qualquer deslocamento o treinador pode jogar uma bola pedindo a intervenção técnica mais correcta.
    Depois de ter aprendido correctamente os 2 primeiros pontos passamos a terceiro, que prevê a inclusão de ambos os lados de 4 cones ou varas de cor diversa, que serão indicados ao guarda-redes com a cor e o lado (
    Ex:
    amarelo á direita, verde á esquerda).
    A correcta posição que o guarda-redes deve assumir é indicada na caixa de resumo. Aplicamos normalmente sempre nos vários exercícios a regra que vimos no primeiro ponto, onde pedimos ao guarda-redes para realizar movimentos pré-acrobáticos entre um deslocamento e outro e no final interceptar uma bola lançada com o pé pelo treinador.
    Para criar um nível seguinte de dificuldade é possível dispor as cores de modo diverso para os dois lados.
    O treinador tem a possibilidade de dar sinal para qualquer uma das posições que são colocadas em progressão. O guarda-redes deslocando-se velozmente deve encontrar no mais breve tempo possível o correcto ponto de colocação e a posição de espera adequada.
    O passo seguinte é o de inserir em cada acção um colega que se pode mover livremente entre as posições de espera referidas.
    Neste caso o sinal do treinador indica só a acção técnica (
    Ex:
    baixo á direita, lateral á esquerda, central, etc...) enquanto a posição da bola é determinada pela colocação do colega de lugar. Seguidamente vêm modificadas as posições de espera tornando-se mais livre o deslocamento do colega na acção técnica.
    Como STEP final a progressão prevê que o treinador com o auxílio de outros 3-4 guarda-redes façam circular a bola entre eles em metade do campo.
    O guarda-redes deve realizar correctamente os deslocamentos de acordo com o movimento da bola até o treinador dar sinal com um número ou uma cor.
    Neste ponto o guarda-redes deve modificar a própria colocação e encontrar imediatamente a correcta em relação ao sinal.
  • 11. RESUMO DA POSIÇÃO DE ESPERA NA DEFESA DO ESPAÇO 
  • As figuras a baixo são de posições de espera maximais que devem ser de vez em quando ligeiramente adaptadas pelo guarda-redes ás diversas situações conforme as posições do adversário, dos colegas, do local da bola e do pé do portador da bola.
  • 1º STEP As posições de espera acima mencionadas são relativas a uma posição da bola na zona á esquerda do guarda-redes. São as mesmas entendidas no caso da bola á direita. A posição 1 está situada no meio da baliza e é por isso a mesma quer a bola venha da direita quer da esquerda. Altera a posição do corpo que assume um ângulo de 30-40º na direção do lado mencionado.
    Estando a bola longe da baliza o guarda-redes tem como objectivo a defesa do espaço no caso de cruzamento. 
    No caso 2 a posição de referência é o primeiro quarto da baliza com a posição do corpo com um ângulo superior de 5-10º em relação ao ponto nº1.
    Neste caso o objectivo principal é a defesa do espaço na zona do primeiro poste. No caso 3 o guarda-redes está colocado da direção do 1º poste frontalmente ao portador da bola com uma posição de espera de defesa da baliza.
    Tem como objetivo principal o de interceptar a bola quando vem de um cruzamento com uma trajectória entre o poste e a linha da pequena área, ou efectuar uma saída a uma bola baixa se este se aproxima da baliza com a bola no pé. 

  • POSIÇÃO DE ESPERA 1 
  • POSIÇÃO DE ESPERA 2 
  • POSIÇÃO DE ESPERA 3 
  • 2º STEP Neste caso com a bola na zona central o guarda-redes coloca-se numa linha imaginária do meio da baliza.
    Nas posições 1 e 2 a bola está longe da baliza, o seu objectivo é por isso a defesa do espaço nas costas da linha defensiva e também entre o seu posicionamento e a baliza. 
  • Assume para esse efeito a posição de espera apropriada. 
  • Na posição 3 a bola está e uma distância que pode ser rematada á baliza ou pode ser efectuado um passe em profundidade, o guarda-redes tem como objectivo por isso defender o espaço e a baliza. 
  • No caso 4 como a distância é reduzida o objectivo principal é o de defender a baliza de um eventual remate directamente á baliza.
    Nestes 2 últimos pontos a posição de espera será a da defesa da baliza.
  • 12. 3º STEP A figura acima ilustra a posição de espera para uma situação com a bola lateral á direita do guarda-redes.
    A posição de espera é também neste caso no meio da baliza, nos casos do sinal para o cone azul, verde e encarnado. 
  • O objectivo é a defesa do espaço.
    Quando por vezes a posição corresponde a um cone amarelo, o guarda-redes desloca-se ligeiramente para a direita para defender mais a zona correspondente ao primeiro poste da baliza. 
  • Neste caso se o portador tem a bola no pé, o guarda-redes assume uma posição mais aberta para poder ser mais eficaz no caso da bola se afastar do pé. 
  • A mesma acção vale para uma bola á esquerda onde obviamente as cores variam em relação á posição do cone.
    Seguidamente passamos a pôr em prática estes conceitos através de exercícios situacionais realizados com os outros guarda-redes do grupo, ou melhor ainda com os colegas da equipa, mas sobretudo fazendo sempre que possível os exercícios com a equipa, na qual o guarda-redes é um elemento vital e indissolúvel.
    Nesta fase a presença do treinador de guarda-redes perto da baliza comentando e avaliando as intervenções realizadas pelos guarda-redes podem representar uma mais-valia na sua actuação.
    O guarda-redes parte da zona central da baliza. 
  • Os 3 colegas estão colocados a 3 metros das bolas situadas na linha de fundo.
    Á ordem do mister, só um parte e vai lançar a bola com o pé. 
  • O guarda-redes parte de uma posição a decidir de acordo com o nível de dificuldade que queremos para o exercício. 
  • O guarda-redes deve colocar-se correctamente o mais rápido possível antes que o colega chegue junto da bola. Inicialmente a ordem vem dada por voz ou visualizando o mister, em seguida os 3 que vão cruzar combinam entre eles.
    Como variante o treinador pode-se colocar mais afastado e com um colete de cor ou um número que o guarda-redes deve mencionar no momento que apanha a bola, indicando com o número ou cor em voz alta qual dos colegas cruzou a bola. 
  • No exercício também podem ser usados bonecos elevando a dificuldade do exercício.
    Exercício dinâmico para aprender a colocação no cruzamento lateral. 3 Colegas partem a mesmo tempo com a bola nos pés. 
  • Encontrando a primeira fila de sinalizadores 1 pára e 2 continuam, na segunda pára outro. 0 3º prossegue e vai cruzar. Entretanto o guarda-redes assumiu a posição de espera correcta para quem vai cruzar.
    Também neste caso o treinador pode-se colocar fora do campo visual do guarda-redes e mostrar um colete de cor ou um número que o guarda-redes deve mencionar logo que se aperceba qual dos 3 cruzará. 
  • A cor ou número indicado é respectivo ao colega que irá cruzar a bola. 
  • Neste exercício também podem ser utilizados bonecos para elevar a dificuldade do exercício.
  • 13. Exercício semelhante ao das bolas na linha de fundo onde há 4 jogadores colocados a 4-5 metros das bolas situadas na linha lateral partindo só 1. 
  • O guarda-redes rapidamente procura encontrar a melhor colocação no menos tempo possível e efectua uma saída alta com oposição de bonecos, varas ou outro guarda-redes.
    Inicialmente a ordem é dada por voz ou visualizando o gesto do treinador, em seguida os 4 combinam entre eles. 
  • Também neste caso o treinador pode-se colocar fora do campo visual do guarda-redes e mostrar um colete de cor ou um número que o guarda-redes deve mencionar logo que se aperceba qual dos 4 cruzará. 
  • Com os sinalizadores definem-se 4 sectores horizontais. 
  • O treinador coloca-se com o pé na bola na zona do meio campo e com a possibilidade de jogar uma bola baixa (1) ou por alto (2). 
  • O guarda-redes assume uma posição de espera e colocação correcta de acordo com o local e distância da bola.
    Após s saída da bola o guarda-redes deve mencionar imediatamente o número do segmento horizontal onde pensa interceptar a bola.
    Se esta chega fora da área o controlo deve ser feito com o pé, por outro lado se for na área, a bola deve ser interceptada obrigatoriamente acima da cabeça (saída a bola alta e recepção da bola em fase de suspensão), por outro lado é obrigatório atacar a bola em queda.
    Como variante o treinador quando a bola vai numa trajectória aérea mostra um colete de cor ou faz um sinal que indica de acordo com o estabelecido se a bola foi tocada por último por um colega ou por um adversário e assim o guarda-redes tem como opções de controlar a bola com o pé ou interceptar a bola com as mãos. 
  • O exercício também pode ser realizado com outros dois guarda-redes na zona do meio campo trocando a bola entre si e de acordo com o estabelecido, colocar a bola na zona de acção do guarda-redes e em seguida podem fazer pressão sobre o guarda-redes se a bola for para um segmento fora da grande área. 
  • Situação para reforçar o hábito do guarda-redes em jogar adiantado. 
  • E no caso de procurar surpreendê-lo com uma bola por alto deve ser frio, rápido e seguro para recuar para a baliza. Coloca-se 4 sinalizadores da pequena área até ao limite da grande área. 
  • O treinador diz um número, o guarda-redes desloca-se com passos curtos e correctos para a frente e para trás de acordo com a ordem recebida. 
  • Quando o treinador decide pontapear a bola para a baliza, o guarda-redes deve procurar não ser ultrapassado pela bola.
    O treinador pode pontapear com a bola no chão ou na mão.
  • 14. Esta é uma situação que pode ser seguida quando se tem á disposição pelo menos 4 guarda-redes ou com colegas de equipa. 
  • O treinador joga a bola para um dos 4 avançados (A,B,C,D) que devolve (1) e desloca-se para receber o passe noutro lado.
    Se o treinador decide fazer um passe em profundidade (2) o guarda-redes deve intervir procurando antecipar-se com uma saída baixa ou com os pés ao destinatário do passe, por outro lado desenvolve também o seu comportamento em situações de 1x1. 
  • Por sua vez o treinador não efectua o lançamento e vai fazendo passes com outro guarda-redes, o anterior regressa á mesma linha dos colegas.
    O movimento do guarda-redes deve ser de contínua procura de atacar o espaço e de recuperar em cada caso que o passe não é efectuado. 
  • A posição de espera de saída do guarda-redes, como evidencia a figura, deve ser sobre a linha da pequena área e deve contudo ter em conta o poder de intervir também no caso do treinador decidir pontapear a bola directamente para a baliza (3). 
  • Para construir um elevado número de variantes podemos vestir um colete VERMELHO a A e C e um colete AZUL a B e D. 
  • Podemos inicialmente construir uma situação de 2 contra o guarda-redes estabelecendo que no momento do lançamento para um jogador, o outro jogador com a mesma cor dirige-se para a baliza. 
  • Ou no momento do lançamento todos os avançados vão na direcção da baliza, alguns podem ser avançados e outros defensores, (conforme a quem é lançada a bola os 2 da mesma cor fazem de avançados e os outros de defesas).
    Uma posterior dificuldade é a de estabelecer que os azuis são defesas e os vermelhos avançados. 
  • De acordo com a cor de quem tem a bola assim se desenvolve a situação de jogo, o guarda-redes pode intervir com as mãos só se o último jogador a tocar na bola é um vermelho, de outra forma deve dar continuidade á situação utilizando só os pés, simulando que a bola foi tocada por último por um colega. 
  • Este exercício simula uma situação com cruzamento rápido de corredor lateral direito ou esquerdo depois de ter passado o jogador. 
  • O treinador atrás do boneco, para limitar a possibilidade de o guarda-redes ler os movimentos de preparação, coloca a bola á esquerda ou á direita e pontapeia para a área efectuando um cruzamento alto ou uma bola baixa ou a meia altura acima dos bonecos, colocados para perturbar a sua acção. 
  • O guarda-redes deve interceptar a bola numa saída a bola alta, baixa, etc... Quando os guarda-redes têm interiorizado a oposição fixa do boneco, adicionamos 6 bonecos espalhados pela zona de acção do guarda-redes, a simular a linha defensiva e dois colegas fora da área que irão fazer de avançados activos, no momento do cruzamento. Situação táctica e de defesa do espaço. 
  • O guarda-redes está na baliza, dois colegas fazem de defesas e colocam-se no limite da grande área.
    O treinador (1) lança uma bola que o defesa afasta com o pé ou de cabeça (2). Após isto o guarda-redes manda subir a equipa.
    O treinador tem uma 2ª bola nos pés que joga (3) para o atacante que do corredor lateral entra ara dentro e finaliza. 
  • O guarda-redes que para além de comunicar, deve avaliar a situação, se sair para uma situação 1x1 ou esperar.
    Para tornar o exercício mais imprevisível é possível utilizar 2 atacantes exteriores, um á esquerda e outro á direita.
  • 15. A aplicação de tudo o que foi dito anteriormente, deve continuar também nos jogos reduzidos para simular e interpretar com determinação no treino as situações que se podem verificar no jogo.
    Este tipo de aproximação, permitirá ao guarda-redes disputar a partida oficial sem encontrar muita diferença de intensidade e de concentração que normalmente põe no treino. 
  • Por tudo o que foi escrito antes, ao nosso jovem guarda-redes permite em primeiro lugar adaptar-se no treino a manter cada vez mais o nível de concentração e de ler os diferentes desenvolvimentos de cada acção do jogo. 
  • O objectivo final será sempre o de desenvolver a capacidade de observação e antecipação em cada situação de jogo, que permite ao guarda-redes antecipar-se uma fracção de segundos para intervir e que muitas vezes exige uma resposta motora correcta e precisa, mas acima de tudo estar sempre preparado e certo do que tem a fazer. 
  • 2 – DEFESA DO ESPAÇO E DA BALIZA
    Esta é uma situação que se desenvolve numa zona do campo mais próxima da baliza (entre os ¾ e o limite da grande área) e da qual pode ser rematada uma bola á baliza ou pode ser jogada uma bola em profundidade.
    Neste caso o primeiro objectivo do guarda- redes é o de defender a baliza, mas deve ainda estar preparado para defender o espaço atrás da linha defensiva no caso de o adversário jogar com passes em profundidade.
    A colocação do guarda-redes é na bissectriz mas ligeiramente mais adiantado. 
  • Nesta conjuntura a fase de organização defensiva é mais difícil por quanto os tempos são menores e os objectivos de atenção são maiores.
    Torna-se uma habilidade posterior a desenvolver e a treinar, que pode muitas vezes resultar num valor acrescentado na avaliação do assunto.
    Este exercício simula uma situação de corte efectuado ao ponta de lança ou extremo adversário.
    Colocam-se 3-4 bonecos no limite da área. 
  • O treinador parte do boneco exterior conduzindo a bola. 
  • Num qualquer momento o treinador pode rematar á baliza (1) ou lançar a bola no espaço para o C.1 que se desmarca e outro colega de azul vai ao encontro da bola para fazer o corte (2). 
  • Neste caso o principal objectivo do guarda-redes é defender a baliza mas terá que estar atento e preparado para atacar o espaço atrás da linha defensiva.
  • 16. O guarda-redes de amarelo deve estar pronto a defender um eventual remate á baliza, mas ao mesmo tempo tem muitas vezes de defender o espaço efectuando uma saída a bola baixa depois de avaliar essa possibilidade. 
  • De outra forma deve enfrentar o adversário numa situação de 1x1.
    O treinador coloca-se na marca de grande penalidade, um outro guarda-redes (C.1) coloca-se na meia lua da grande área e vão passando a bola. 
  • De forma imprevista, após um qualquer toque o guarda-redes (C.1) pode rematar directamente á baliza (1), ou o treinador pode controlar e voltar-se (2) ou dar um apoio lateral para (C.1) que vai rematar á baliza (3). Nos últimos dois casos quem está na baliza deverá procurar antecipar a acção do adversário ou chegar á bola com uma saída a bola baixa ou dividida.
    Para realizar correctamente este exercício o guarda-redes tem de aprender a assumir e modificar rapidamente a própria colocação. Como variante do exercício anterior é possível modificar a situação variando a colocação. 
    Organizando o exercício na zona lateral, há também a possibilidade de juntar um 2º avançado (C.2) no lado oposto da área que tem a oportunidade de receber um passe que de (C.1) quer do treinador (4). 
  • Permanecem invariáveis as outras possíveis soluções de remate directamente á baliza, remate após controlo do treinador (2), ou bola no espaço para (C.1) (3). Também neste caso o guarda-redes encurta distância ligeiramente no caso do apoio ao treinador.
    Quando a bola é devolvida para (C.1) o guarda-redes recua ligeiramente (GR AZUL) para fechar mais a baliza e eventualmente sair ou cobrir melhor no caso de apoio a (C.2). 
    Para habituar o guarda-redes a estar adiantado em livres laterais ou ainda em bolas naquela posição.
    O guarda-redes partindo de uma posição avançada não deve sofrer golo de um remate efectuado pelo treinador. 
  • Se o guarda-redes tem tendência de antecipar é colocar uma vara mais ou menos na marca de penalidade pelo qual a bola não deve passar, deste modo o guarda-redes tendo também um 2º objectivo a defender terá uma menor tendência a antecipar.
    Depois se queremos criar uma maior situacionalidade podemos juntar 2 avançados (C.1, C.2) que inicialmente tenham um papel passivo e em seguida activo com o objectivo de fazer golo.
  • 17. 2.1 – DEFESA DA BALIZA Quando o desenrolar da acção leva os adversários a uma situação em que a bola pode ser rematada directamente á baliza de uma distância curta, tendo pouco tempo e espaço á disposição, o guarda- redes tem como objectivo único defender a baliza. A colocação ideal para o guarda-redes deve ser sempre sobre uma linha imaginária que vai do centro da baliza á bola mantendo sempre igual o espaço lateral a defender.
    O ponto de progresso é dado na intersecção com uma outra linha recta imaginária que parte do primeiro poste e forma um ângulo de cerca de 90° encontrando a linha recta imaginária que parte do centro da baliza (2). 
    Uma colocação mais atrasada (1) deixa maior tempo e espaço para a intervenção, mas oferece uma maior superfície de baliza para cobrir.
    Uma colocação mais adiantada (3) oferece ao adversário uma baliza menos clara, mas o guarda-redes tem menos tempo e espaço para intervir e ao mesmo tempo uma superior possibilidade de ser ultrapassado por uma bola alta.
    O corpo está sempre voltado frontalmente para a bola, ligeiramente inclinado á frente, com uma abertura de pernas não excessiva e os pés paralelos. 
    Nesta fase os tempos são tão reduzidos que a possibilidade de comunicar ou fazer as correcções tácticas é muito reduzida. Colocam-se e numeram-se 6 sinalizadores como o desenho da figura. O treinador vai dizendo os números para o deslocamento, ou define antes de iniciar, a sequência a seguir pelo guarda- redes. 
    O objectivo principal desta fase é a correcta execução dos passos no deslocamento mantendo sempre a posição de espera correcta para defender a baliza.
    Podemos realizar as situações de deslocamento simples ou combinados com a execução final de um ou mais remates, ou com remates e a segunda bola a ser interceptada com elevação.
  • 18. Uma posterior variante que se pode propor é uma simulação, utilizando um segundo treinador que chega em corrida com a bola nos pés, também numa zona diferente para o remate. São possíveis outras inúmeras variantes combinando os vários tipos de deslocamento, quer por tipo, quer por distância.
    Neste caso o objectivo é assumir a posição de espera correcta. 
    Se a estação mencionada é contígua á anterior o deslocamento é feito com apoios próximos, de outra maneira em passo cruzado.
    Normalmente fazem-se 3-4 deslocamentos e depois efectua-se o remate á baliza.
    Nestas duas situações é simulado que o avançado move a bola passando o defesa e rematando a baliza ou partindo para uma situação de 1x1.
    No desenho da direita o guarda-redes parte colocado atrás do boneco. 
    No da esquerda coloca-se numa posição central ou lateral e assume a posição de espera correcta em função da bola.
    O treinador move-a e remata á baliza. 
    É importante verificar a correcta utilização dos pés durante o deslocamento e a manter uma postura correcta. 
    O guarda-redes coloca-se, correctamente para a bola na posse do treinador.
    Este pode rematar á baliza ou dizer a cor de uma das 4 varas de cor. 
    O guarda-redes desloca-se rapidamente para tocar numa, volta e procura a colocação correcta para defender o remate. No âmbito dos exercícios de defesa da baliza incluímos todos os que originam remates á baliza de diversas posições, quer de dentro da área quer de fora da mesma. Como regra geral para este tipo de treino, temos sempre de ter o cuidado de não exceder o número de defesas consecutivas, que normalmente não devem superar, para qualquer categoria as 3-4 intervenções consecutivas, tendo depois o cuidado em conceder ao guarda-redes um tempo de recuperação apropriado.
  • 19. CONCLUSÕES No desenho abaixo ilustrado estão sintetizadas, de acordo com a posição da bola, as várias zonas do campo e os seus objectivos a defender. Como digo, criar já no guarda-redes do sector juvenil uma mentalidade de participação activa em cada fase do jogo permite ter atletas completos tacticamente e que conseguem manter um bom nível de concentração por todo o tempo do jogo. Acima descrito, evidencia que além da preparação específica é necessário que o guarda- redes treine muitas vezes com a equipa ou com o sector defensivo. Nestas fases o treinador deve seguir e analisar, discutindo de modo construtivo as escolhas do guarda-redes, para compreender as motivações e eventualmente sugerir as correcções.
    Isto mostra com uma necessidade a desenvolver no futebol moderno é maior colocaboração entre o treinador principal e o treinador de guarda- redes. 
    Este último tem a necessidade de ser um técnico completo, que para desenvolver melhor o seu trabalho deve possuir vastos conhecimentos técnicos, tácticos, psicológicos e condicionais, ao ponto de sugerir a palavra “preparador” limitativa e superada.
    Não será este o futuro? 

  • Pedro Ferrer 

WELCOME

Bem-vindo ao meu Blog
Minha vida profissional e desportiva sempre esteve ligada ao futebol, para o papel do guarda-redes e formação específica, tornando-se por muitos anos o meu trabalho principal.
Eu tive sorte o suficiente para treinar em quase todas as categorias.
Todas essas experiências, reuniões com técnicos, o guarda-redes, a sociedade, as diferentes culturas fizeram de mim o que sou hoje crescer mais do que um professor que não quer parar de aprender.
Então eu vou tentar compartilhar com vocês a minha paixão.
Divirta-se e um grande abraço a todos!

Paulo Fortunato ⚽️










CURRICULUM

NOME: PAULO FORTUNATO
ANO NASCIMENTO: 1978
NATURALIDADE: COSTA DA CAPARICA
NACIONALIDADE: PORTUGUESA
EMAIL: paulofortunato78@gmail.com
TELF: +351 92 68 49 738

TREINADOR DE GUARDA-REDES:

2008/2009 Beira Mar de Almada
2009/2010 Beira Mar de Almada
2010/2011 Clube Futebol Trafaria
2010/2011 Belenenses SAD SUB-19
2011/2012 Almada Atlético Clube
2012/2013 Odivelas SAD
2013/2014 Odivelas SAD
2014 SELECAO NACIONAL AZERBAIJÃO
2015 SELECAO NACIONAL AZERBAIJAO
2015/2016 AD Carregado
2016 CASA BENFICA LOURES (Praia)
2017 CASA BENFICA LOURES (Praia)
2018 CASA BENFICA LOURES (Praia)
2019 GDP Costa Caparica (Praia)
2019 Club Sport Marítimo (Praia)


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2008/2009 Subida de Divisão
2011/2012 Subida de Divisão
2012/2013 Campeão
2013/2014 Subida de Divisão
2014 Participação Super-Final da Liga Europeia em Torredembarra Espanha
2014 Participação na Qualificação para o Campeonato do Mundo em Jesolo
2015 Participação Super Cup da Europa em Baku Azerbaijan
2015 Participação Super-Final da Liga Europeia em Siofok Estônia
2015 Participação 1st European Games em Baku Azerbaijan
2016 Vencedor Taça AFL
2017 Vencedor Taça de Lisboa
2018 Campeão da Liga de Inverno

AFFA AZERBAIJAN

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